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SÃO PAULO – O câmbio deve ser um dos principais fatores para um bom resultado da Petrobras (PETR3; PETR4) nesta sexta-feira (8), após o fechamento do pregão. Diante de um cenário de valorização do real ante a moeda norte-americana durante o segundo trimestre, a estatal deve conseguir compensar um pouco as perdas causadas pela defasagem dos preços dos combustíveis.
“Apesar da contabilidade de hedge, a exposição da Petrobras ao dólar está aumentando a um ritmo significativo”, ressalta o Itaú BBA.
Já para o analista Luiz Otávio Broad, da Ágora Investimentos, na comparação com o primeiro trimestre, o resultado operacional da companhia deve ser melhor, em função, principalmente, da redução das perdas com importação de derivados e do impacto negativo que ocorreu entre janeiro e março por causa do programa de demissão voluntária da empresa.
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As expectativas da corretora são que a Petrobras apresente um lucro líquido de R$ 6,48 bilhões, valor 4,6% superior ao registrado no mesmo período de 2013. Há, porém, quem esteja mais otimista com o balanço da petrolífera, caso do Itaú BBA, que projeta um lucro de R$ 7,28 bilhões, enquanto a equipe do Credit Suisse se mostra mais cética com o que será apresentado amanhã, esperando um lucro de R$ 5,80 bilhões.
Já em relação à receita, a expectativa das casas de análise ficam em torno de R$ 80 bilhões, podendo chegar a R$ 83 bilhões, enquanto o Ebitda deve atingir R$ 17,4 bilhões. Para Broad, destaque para a produção nacional de petróleo, que cresceu 2,6% entre abril e junho se comparado com o início do ano. Por outro lado, ele vê uma queda nas margens operacionais da empresa quando comparadas com o ano passado, dado o aumento de custos e despesas.
A equipe da Trefis, que reúne engenheiros da MIT e analistas de Wall Street, a produção de petróleo da Petrobras teve um impulso durante o segundo trimestre com a plataforma P-62 iniciando sua operação no campo de Roncador, na Bacia de Campos. Mais otimistas, eles esperam uma redução dos custos de refino colaborando para o resultado final da petrolífera.
Enquanto isso, o Itaú BBA acredita que os volumes mais fortes devem ser ofuscados por menores preços realizados, com o resultado sendo afetado pela atividade industrial fraca e pela Copa do Mundo.
Para o gestor da Flag Asset, Rodrigo Galindo, apesar de ter um efeito nas ações o resultado não é o centro das atenções para a petrolífera. Ainda otimista com o papel, ele acredita que neste momento o que mais movimenta os ativos da estatal é o cenário político e as pesquisas de intenções de voto, fato que já ajudou as ações a acumularem ganhos de 25% no ano.
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