USB pontua riscos inflacionários em meio ao crescimento do PIB em 2011

O PIB tende a 5,4% em 2011, guiado pela demanda doméstica. Já a inflação tende ao valor de 6% até o terceiro trimestre do ano

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SÃO PAULO –  A UBS Administradora de Valores Mobiliários, divulgou nessa terça-feira (18), sua agenda com uma análise dos principais pontos da economia brasileira em 2010 e com perspectivas para 2011.

No segundo semestre de 2010, a demanda doméstica cresceu em razão do aumento do consumo de bens duráveis e serviços financeiros, bem como o número de empréstimos pessoais acelerou. A taxa de desemprego diminuiu, atingindo índices recordes e situando-se em um patamar consideravelmente abaixo do nivel estimado pelo BCB (Banco Central do Brasil). Segundo o economista André Carvalho, a demanda doméstica ainda segue em um ritmo insustentável, o que aumenta os riscos inflacionários. 

Desde Julho de 2010, os preços das commodities internacionais aumentam progressivamente, o que causou aumento na pressão inflacionária, melhorias nas condições do comércio, e justifica a apreciação do real. Segundo a UBS, o aumento dos preços das commodities serviu para evitar um aumento maior do déficit, em meio ao superaquecimento da demanda doméstica, porém, o aumento do preço das commodities pode proporcionar grandes riscos, tanto para uma projeção inflacionária pelo IPCA maior do que a esperada, quanto para a apreciação do real.

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No último mês de dezembro, o Banco Central lançou um pacote de medidas para reduzir os empréstimos bancários e evitar o aumento eminente da taxa básica de Juros (SELIC). As medidas foram criadas a fim de aprimorar os instrumentos regulatórios existentes, mantendo a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional, e dando continuidade a retirada contínua de alguns incentivos. De acordo com a USB, a medida causou uma mudança instantânea da posição do BCB, dando inicio a um ciclo de redução de preços mais elevados de commodities e melhoria dos termos de troca, somados à redução do crédito. Já o resultado fiscal melhor se deve a receitas mais elevadas no final de 2010. 

Perspectivas
A semana já se iniciou de forma agitada, com a divulgação do relatório Focus, do IGP e com o início das reuniões do COPOM. A partir da análise dos dados mais relevantes de 2010, os economistas da UBS frisam a importância do fim do período eleitoral para o crescimento do PIB, visto que seu aumento foi reduzido em grande quantidade não somente devido as eleições, mas também devido a medidas de aperto fiscal e um gradual aumento do ritmo dos empréstimos bancários.

Apesar de todos esses fatores, o PIB tende a crescer cerca de 5,4% em 2011, guiado pela demanda doméstica, chegando acima da previsão do consenso. O consumo doméstico será essencial para a desaceleração do crescimento do PIB em 2011, o mercado de trabalho poderá apresentar um crescimento real dos salários de 6,6%, que somado a uma taxa de desemprego entre 5-6%, servirão para prevenir uma redução drástica dos níveis de consumo, mantendo-o em níveis consideráveis para desacelerar o PIB.

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A taxa Selic tende a aumentar ao longo do ano, como também a inflação medida pelo IPCA, que tende ao valor de 6% até o terceiro trimestre do ano, com isso, não serão necessárias medidas para diminuir o crédito. Apesar das intervenções governamentais sobre o dólar e das previsões da apreciação do real, espera-se uma valorização do real, em que até o final do ano o dólar esteja cotado ao valor de R$ 1,65. O acumulado anual de suprimentos primários tende a crescer de 2,5% acerca do valor do PIB em novembro de 2010 para 4% até a metade de 2011, e depois diminuir até o final do ano.

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