TV idealizada por Chávez chama Marina de extrema direita e pró-imperialista

Em seu site, Telesur afirmou: “Marina Silva, candidata do Partido Socialista, organização política de extrema-direita, é fiel seguidora dos ditados de Washington e que de socialista só tem o nome”

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A campanha da presidente do PT encontrou um reforço na campanha eleitoral contra Marina Silva. A Telesur, estatal de TV criada por Hugo Chávez, e que foi criada a partir de financiamentos dos governos da Venezuela, Cuba, Bolívia e Argentina em 2005, publicou um artigo sobre eleições brasileiras e que atacam a candidatura da presidenciável Marina Silva, comparando-a a Henrique Capriles, um dos nomes mais fortes da oposição venezuelana, conforme destacou hoje o jornal O Globo. 

“Marina Silva, candidata do Partido Socialista Brasileiro, que é uma organização política de extrema-direita, é fiel seguidor dos ditados de Washington e que de socialista só tem o nome”, destacou o texto assinado por Miguel Angel Ferrer, economista, fundador e diretor do Centro de Estudos de Economia e Política. Ele é analista político em programas de rádio ligados a Telesur.

“Marina Silva não nega a cruz de sua paróquia. Sua plataforma eleitoral mostra abertamente sua direita, postura pró-imperialista. Ela quer derrubar os grandes avanços que fizeram do Brasil o gigante sul-americano e uma nação verdadeiramente soberana, não só longe dos desenhos dos Estados Unidos mas, francamente contrária a eles”, afirmou. Marina é comparada com Fernando Collor de Mello, José Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, tidos como submissos e dependentes do governo dos EUA. 

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Naturalmente, ‘Dona Marina’ conspira para liquidar o programa brasileiro de sucesso no combate à fome para substituí-lo, obviamente, com alguma programa de ajustamento desenvolvido no Fundo Monetário Internacional, para que todos, incluindo, naturalmente, os mais pobres, fiquem cada um por si”. 

A Telesur também diz que é “reveladora” a opinião de que Marina trabalhará para impulsionar os direitos humanos em Cuba chamando-a novamente de ‘dona Marina’.“Tem dona Marina alguma ideia do enorme prestígio que tem Cuba no mundo, precisamente no campo do respeito e proteção aos direitos humanos? Quem sugeriu à candidata dos Estados Unidos tornar esse tema parte principalíssima de sua agenda eleitoral?”, questiona.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.