Tombini, PT mordendo a língua e conselho de Lula a Dilma: as frases que agitaram a semana

Presidente do BC foi o grande personagem do mercado ao conter a alta do dólar; enquanto isso, Dilma estava a voltas com a reforma ministerial....

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Nem Dilma Rousseff, nem Eduardo Cunha, nem Joaquim Levy. O grande personagem da semana foi o presidente do Banco Central Alexandre Tombini que, com poucas falas, fez o dólar passar de R$ 4,24 para R$ 3,99 em poucas horas. 

Fora Tombini, as manchetes dos jornais ganharam destaque com a presidente, às voltas com a reforma ministerial e o trabalho para que o Congresso mantivesse seus vetos, assim como as falas do presidente da Câmara, que expressou manifestações contrárias ao fato do PMDB querer mais ministérios. Enquanto isso, o fatiamento da Lava Jato gerou polêmica. Confira abaixo as principais frases da semana: 

Governo contestado

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“O tempo dela está se esgotando”
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente, em entrevista para a Folha de S. Paulo. Para ele, a presidente Dilma Rousseff fez um “pacto com o demônio” para tentar salvar seu governo ao oferecer novas posições ao PMDB. “Vai governar como? Não vai. Vai ser governada”, afirmou.

“O PT deve estar mordendo a língua, de tanto que disse que recebeu um governo quebrado em 2002”
FHC novamente, desta vez pelo Facebook, ao dizer que o PT não reconhece que a alta do dólar bateu todos os recordes devido ao medo causado pelo desgoverno do próprio PT.

“É melhor perder o ministério do que perder a Presidência”
Lula, ex-presidente da República, aconselhando a sua sucessora Dilma Rousseff para segurar o PMDB dentro do governo.

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Quero responder ao ex-presidente da República para dizer que muitas vezes é preferível perder a própria presidente da República do que perder a dignidade”
Aécio Neves, em resposta a Lula sobre a reforma ministerial

“Quem está no poder há 12 anos não aceita contestações”
Augusto Nardes, ministro do TCU e relator das contas de Dilma Rousseff em entrevista ao jornal Valor Econômico, ao falar que o Tribunal 

BC segura dólar, mas…

“O dólar a R$ 5 é, sim, uma possibilidade para o fim do ano, se virmos uma intensificação da crise política”
Diretor de equipe de mercados emergentes do banco  francês Société Générale, Bernd Berg, em entrevista ao jornal O Globo, destacando as suas projeções pessimistas para a moeda brasileira.

 “As reservas são um seguro. Pode e deve ser utilizado”
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, que chegou de surpresa na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação do BC e gerou alívio para o mercado com sua fala, fazendo com que o dólar passasse de R$ 4,24 para R$ 3,99

”A crise econômica vai ficar pior e mais profunda”
José Roberto Mendonça de Barros, economista e sócio da MB Associados, em evento sobre mercado de capitais e agronegócio. Ele ainda falou que “não há chances do atual governo (da presidente Dilma Rousseff) chegar até 2018”. 

Turbulências… e a Lava Jato

“No meu helicóptero? Hoje? Ninguém viu”
Dilma Rousseff, presidente, manifestando surpresa em Nova York quando soube que seu helicóptero soltou algumas chamas na noite de quinta-feira, quando decolava.

“Não existe só um juiz bom”
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, afirmando que o fatiamento da Operação Lava Jato determinada pelo STF seguiu uma regra de competência e que não é só o juiz federal Sérgio Moro que é “bom”

“Futuro da Lava Jato não está garantido”
Sérgio Moro, juiz federal que analisa os inquéritos referentes à Operação Lava Jato, um dia após sofrer uma derrota que tirou de suas mãos partes dos processos 

“Pode significar o fim da Lava Jato tal qual conhecemos”
Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato, manifestando preocupação de que a recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o caso ameace o futuro da investigação. 

O PMDB no governo segue uma grande questão

“É hora de deixar estrelismos de lado, é hora de virar esse jogo, é hora de reunificar os sonhos”
Programa do PMDB que foi ao ar na última quinta-feira, defendendo o fim de “estrelismos” para acabar com a atual crise política e econômica, cobrando uma direção para o país e afirmou que a população não pode pagar a conta da crise.

“Vai ser a institucionalização do caixa dois e a verdadeira judicialização das eleições”
Eduardo Cunha, ao afirmar que um eventual veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei, aprovado pela Casa, que permite a doação de empresas a partidos institucionalizará o caixa 2

“Por mim, o PMDB deve ficar com zero ministério. Não só não vou participar [da reforma], como não quero que o PMDB participe. Eu defendo que o PMDB saia do governo e que tenha instância própria”
Eduardo Cunha, defendendo que o PMDB não tenha mais nenhum ministério no governo Dilma 

“Eu sou ministro da Saúde, não me demitam”
Arthur Chioro, ao dizer a jornalistas que não se sente rifado no cargo, em meio às especulações de que ele sairá para dar lugar a alguém indicado pelo PMDB em meio à reforma administrativa

“A rigor, hoje, nós não temos presidente da República, o que, talvez, até ajude”
Gilmar Mendes, ministro do TSE, ao afirmar durante sessão do Tribunal que ficar sem presidente, mas sem citá-la, pode até ajudar o País. 

 “Esse filme eu já vi”
Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República que renunciou antes do seu iminente impeachment, em entrevista ao blog do Fernando Rodrigues, do UOL. Collor diz que se instalado o processo, impeachment de Dilma será irreversível
 

Enquanto isso, lá fora…

“A maioria dos participantes do Fomc, incluindo eu mesma, atualmente antecipa que quando essas condições forem alcançadas provavelmente implicarão na primeira alta da taxa de juros ainda este ano, sendo seguida por um aperto subsequente em ritmo gradual”
Janet Yellen, chairwoman do Federal Reserve, afirmando 
esperar que o banco central dos Estados Unidos comece a elevar os juros ainda neste ano, contanto que a inflação permaneça estável e a economia norte-americana esteja forte o suficiente para impulsionar o emprego

“Estamos totalmente cientes das dificuldades pela frente, mas temos como encontrar o antídoto, onde os efeitos colaterais serão criados” 
Alexis Tsipras,  primeiro-ministro grego, comprometendo-se  nesta sexta-feira durante sua primeira reunião do novo governo que deseja implementar rapidamente as medidas necessárias para o país receber um terceiro pacote de ajuda.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.