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SÃO PAULO – Rotulando a Petrobras (PETR4) como a mais ambiciosa petrolífera do mundo, a revista The Economist destacou os fundamentos positivos da empresa brasileira, mas manifestou preocupação com as incertezas políticas sobre a estatal.
A matéria publicada nesta semana rendeu elogios à companhia brasileira por conta das vastas reservas de hidrocarbonetos, de seu posicionamento comercial e também por suas conexões com o governo chinês.
José Sergio Gabrielli, presidente da empresa, também teve seu perfil descrito como incomum, “assim como os chefes de todas as grandes petrolíferas”, ressaltou a Economist, que comentou sua história de militância esquerdista.
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À sombra do Estado
“Conexões políticas são essenciais para a Petrobras”, afirmou a publicação norte-americana ao comentar a fatia majoritária do Estado brasileiro no capital social da empresa. Todavia, o envolvimento da empresa em questões políticas traz riscos adicionais, além de possíveis desvios por conta do controle governamental.
Prova disto seria a recente instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a Petrobras no Senado, cujo objetivo é investigar possíveis irregularidades em contratos, pagamento de impostos e atividades assistenciais desenvolvidos pela empresa.
Espetáculo garantido
Um dos temores da direção da empresa, destacado na matéria, é que a investigação parlamentar deixe a seriedade de lado para transformar-se em um “circo”. Na avaliação da Economist, a presença de políticos como o ex-presidente impedido Fernando Collor de Mello e do bispo Marcelo Crivela deverá ser garantia do “espetáculo”.
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Os riscos de uma investigação deste porte estão na grande quantidade de acusações feitas, “que podem criar a impressão de má conduta mesmo que nada seja provado”. Ainda assim, a expectativa da matéria é que o dano à reputação da empresa seja minimizado pela maioria do Governo na CPI.
Novas fronteiras
Outros riscos políticos que pesam sobre a empresa têm a ver com a definição do novo marco regulador para a exploração das áreas ainda não licitadas na camada pré-sal, com a provável criação de uma nova empresa 100% estatal, para a partilha dos lucros da exploração.
Alertando para o perigo de manipulação política dos rendimentos da camada pré-sal, os analistas entendem que o maior risco para a Petrobras seria um avanço comercial da nova estatal.
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