Tenho tranquilidade em relação a minhas decisões, diz Moro após STF considerá-lo parcial

Moro afirmou que a Lava Jato foi um marco no combate à corrupção no Brasil

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse nesta quarta-feira ter “absoluta tranquilidade em relação aos acertos” das decisões dele, um dia depois de a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) considerar, por 3 votos a 2, que ele foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da operação Lava Jato.

Em nota, Moro afirmou que a Lava Jato foi um marco no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Brasil e em países da América Latina e disse que o país não pode retroceder no combate à corrupção e à impunidade.

“Apesar da decisão da Segunda Turma do STF, tenho absoluta tranquilidade em relação aos acertos das minhas decisões, todas fundamentadas, nos processos judiciais, inclusive quanto aqueles que tinham como acusado o ex-presidente”, afirmou o ex-juiz.

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“A sentença condenatória contra o ex-presidente foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça que, igualmente, rejeitaram as alegações de falta de imparcialidade. O ex-presidente só teve a prisão ordenada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em 2018, após ter habeas corpus denegado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal”, lembrou.

Na terça, a Segunda Turma do Supremo decidiu por 3 votos a 2 pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá (SP).

As condenações de Lula no caso do tríplex por Moro e do sítio de Atibaia já foram anuladas pelo ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no STF, por considerar que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar os casos do ex-presidente, que não teriam relação direta com a Petrobras.

Os processos de Lula conduzidos inicialmente em Curitiba voltaram para a primeira instância na Justiça Federal em Brasília, e com isso o ex-presidente recuperou seus direitos políticos e pode, portanto, ser candidato na eleição do ano que vem.

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