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SÃO PAULO – Ontem, após mais de quatro horas de conversa com a presidente Dilma Rousseff, Lula não confirmou se aceitará ser ministro.
O ex-presidente ainda tem dúvidas e disse à presidente que precisa amarrar todas as pontas com o PMDB antes de decidir se assume ou não a Secretaria de Governo. Lula mostrou dúvidas sobre entrar no ministério e contou ter sido informado por integrantes do PMDB de que sua presença nesse momento, não daria “governabilidade plena” a Dilma nem teria o condão de, por si só, barrar o impeachment. Lula disse que vai sondar novamente o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
E, conforme destaca a LCA Consultores, aparentemente, Lula estaria inseguro quanto à viabilidade política do governo Dilma mesmo com ele como ministro. Por outro lado, a avaliação é de que a não ida de Lula para o governo Dilma seria um forte sinal de que este se inviabilizou e o impeachment teria elevada probabilidade de ocorrer. “Assim, a tendência natural é Lula ir para o governo”, afirma. Porém, destacam os consultores, “o descrédito do governo é tão grande junto ao empresariado que são baixas as chances de sucesso das propostas de animar os empresários a investir como deseja o Lula”.
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Lula também comandaria o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, onde serão estudadas medidas de estímulo à economia que animassem os empresários e que complementariam as medidas propostas por Barbosa para área fiscal, exceto a reforma da Previdência que não será enviada ao Congresso. O PAC e o Programa Minha Casa, Minha Vida terão papel importante nessa estratégia.
Assessores palacianos descartam uma guinada na política econômica e a própria presidente Dilma se mostra contrária à utilização das reservas internacionais neste momento.
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