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SÃO PAULO – Não há praticamente nenhuma possibilidade de o PT dialogar com o governo em uma eventual gestão de Michel Temer. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (9), entretanto, o senador Humberto Costa (PT-PE), atual líder do governo na casa, não acredita que o caminho do partido será o da “oposição descompromissada” que vise “incendiar o país”.
“Não reconhecemos a legitimidade desse governo, que usurpou o poder, não vejo o PT se dispor a sentar com ele. Lógico que não vamos fazer oposição ao Brasil. Ninguém imagina, ou pelo menos eu defendo que o PT vai propor pauta-bomba, nem fazer jogo de corporativismo”, afirmou. “Se a gente quer avançar, vai ter que ser em cima das visões das concepções”. Para ele, uma vez afastada, dificilmente Dilma Rousseff voltaria à Presidência da República.
Em um mea-culpa, o senador acredita que um dos maiores erros cometidos pela sigla teria sido a adaptação à estrutura de “mandonismo”, “fisiologismo” e “assistencialismo” que propunha antes combater. “Os governos viraram correias de transmissão dos partidos. No caso do PT, o partido virou correia de transmissão do governo, deixou de propor usas políticas, propostas”, observou. “Nós engolimos muita coisa em nome do governo, de apoiar o governo, de não criar cizânia para não aproveitarem eventual divergência”.
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Quanto aos erros de Dilma, o parlamentar reconheceu as dificuldades da mandatária em dialogar, ouvir, conviver “com gente que pensa e age de maneira diferente”. Costa não entendeu a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil como equívoco; ao contrário, disse que deveria ter ocorrido antes. “O que levou a um agravamento da crise foi tornar públicas aquelas gravações em relação a Lula, a delação do Delcídio do Amaral. Eu diria que Michel Temer tem que agradecer 50% a Eduardo Cunha e 50% a Sergio Moro por ser presidente agora”, afirmou em entrevista à Folha.
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