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SÃO PAULO – O áudio divulgado na noite da última quinta-feira da conversa entre Michel Temer e Joesley Batista – que levou à eclosão de uma grave crise política no País – não deixa evidente que o presidente teria dado o aval para que o dono da JBS continuasse a pagar uma mesada a Eduardo Cunha a fim de que ele não fizesse delação premiada.
Porém, para a LCA Consultores, Temer segue sem condições de permanecer no cargo por muito tempo. “Joesley mencionou a Temer vários delitos que estava cometendo, como comprar juízes e promotores. Temer reagiu com naturalidade a esse tipo de declaração e até a endossou. Não pareceu surpreso, nem chocado, comportamento incompatível a alguém que ocupa a Presidência da República”, afirmam os analistas em relatório.
Assim, eles apontam que, “do ponto de vista da economia e da restauração da normalidade do país, quanto mais rápido Temer cair, melhor”. Neste cenário, a renúncia seria a opção mais adequada para dar partida ao processo de restauração da governabilidade, afirmam. “Enquanto Temer resistir a crise escalará, nos mercados e nas ruas”.
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Já se Temer resistir, a alternativa TSE se imporá, afirma a LCA. Isso porque antes, o TSE, assumindo o papel de guardião da normalidade institucional, manteria Temer para não gerar nova crise política. Agora, talvez tenha de cassá-lo para evitar o aprofundamento da crise.
O impeachment, por sua vez, é a saída mais custosa por dois motivos principais. Em primeiro lugar, porque é demorada e porque, se chegarmos a esse ponto, significa que Temer levou adiante a disposição de se defender politicamente. “E, como afirmamos acima, enquanto Temer permanecer, a crise não se dissipará”.
Vale destacar que, considerados inconsistentes, os áudios divulgados da conversa entre Michel Temer e Joesley Batista levaram a um clima de maior tranquilidade ao Planalto, segundo afirma a coluna do Estadão. De acordo com a coluna, a ordem é passar a imagem de que o Brasil vai voltar a ter “serenidade” e “retomada de crescimento” em cinco dias. Temer avalia novo pronunciamento nesta sexta nessa linha. Já a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, destaca ainda que o Planalto decidiu enviar a gravação a peritos, uma vez que auxiliares de Temer desconfiam que a conversa foi editada.
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