Temer mantém lógica de distribuição de cargos de Lula e Dilma

Auxiliares do presidente admitiram que o modelo de partilha dialoga com a ideia de um "ministério congressual" e avaliam que a estratégia tem garantido apoio a pautas importantes do governo no Congresso

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Desde que o presidente Michel Temer assumiu a presidência, a distribuição de cargos na administração pública para agradar aliados e garantir governabilidade manteve a lógica usada pelos governos anteriores. Conforme mostra reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a lógica da divisão de cargos públicos entre apoiadores tem sido dividir funções em uma mesma pasta ou órgão para diferentes padrinhos — o chamado modelo “porteira aberta”.

Diferentemente do modelo de “porteira fechada” — quando se permitia que apadrinhados dos partidos da base ocupassem todos os cargos comissionados de determinada pasta –, mais usado por Fernando Henrique Cardoso em sua gestão, quando o nível de fragmentação partidária no Legislativo era menor, a atual gestão adota estratégia similar à dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O jornal mapeou 150 principais cargos das 24 pastas e secretarias com status de ministério, e mostrou exemplos nos ministérios da Educação, Saúde e Desenvolvimento Social e Agrário.

Ainda de acordo com a reportagem, auxiliares do presidente admitiram que o modelo de partilha dialoga com a ideia de um “ministério congressual” e avaliam que a estratégia tem garantido apoio a pautas importantes do governo nas duas casas legislativas.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.