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SÃO PAULO – Se Dilma Rousseff e Michel Temer estavam afastados e com a relação “estremecida” desde que o vice enviou uma carta em tom de desabafo para a presidente, pelo menos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), eles estarão unidos. Conforme informa o jornal O Estado de S. Paulo, os advogados que realizam a defesa deles no TSE afirmaram que devem elaborar uma estratégia de defesa conjunta contra a acusação de abuso do poder político e econômico na campanha da dupla de 2014, que podem culminar na cassação da chapa.
As investigações no âmbito da Operação Lava Jato, que revelam novos indícios reforçando a acusação do PSDB de que a campanha eleitoral de Dilma recebeu recursos oriundos do
esquema de desvios e corrupção na Petrobrás, também avançaram sobre PMDB, partido do qual Temer é presidente.
A Lava Jato e a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o processo de impeachment motivaram tanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) quanto a ex-senadora Marina Silva (Rede) a manifestar apoio público à cassação dos mandatos de Dilma e de Temer e a convocação de
novas eleições. Esta tese vem ganhando força entre os movimentos de rua contrários ao governo. Diante disso, Temer avalia que o mandato dele também pode ser alvo da pressão popular.
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A presidente e o vice são alvo no TSE de ao menos quatro ações ajuizadas pelo PSDB, nas
quais o partido pede apuração de irregularidades praticadas pela chapa dos dois
na campanha de 2014, sendo a principal a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, aberta pela corte em outubro do ano passado.
Advogados de Temer só recorrerão à tese de desvincular as contas de campanha do
peemedebista da de Dilma caso o TSE decida cassar o mandato dos dois. A estratégia da defesa de Temer é unir esforços com a equipe jurídica de Dilma para derrubar a ação do PSDB.
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