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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo dois dias após a Câmara dos Deputados barrar a denúncia por corrupção passiva feita por Rodrigo Janot, Michel Temer afirmou que as mudanças na PGR (Procuradoria Geral da República) “darão o rumo correto à Lava Jato”. Em setembro, Janot será substituído por Raquel Dodge.
“Ninguém nunca pretendeu destruir a Lava Jato. Eu não ouvi o depoimento de nenhum agente público que dissesse vamos paralisar a Lava Jato, ninguém. Muito menos de ministros do Supremo ou membros da Procuradoria ou do governo. Ninguém disse isso”, afirmou, destacando que o rumo correto é o “cumprimento da lei”.
De acordo com Temer, Janot tem agido politicamente e refere-se ao pedido do procurador ao STF para que inclua o presidente no inquérito do “quadrilhão” do PMDB. ”Sabe quando o procurador fez isso, embora esse processo esteja correndo há três anos? Às vésperas da votação do Congresso, o que está a significar que, na verdade, ele passou a ter uma atuação muito mais de natureza política, e quase pessoal, do tipo ‘quero ver qual é o time que ganha’, e não a sua função institucional”, afirmou.
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O presidente ainda amenizou as traições na base aliada durante a votação da denúncia, mas sugeriu que quem não vota com o governo deveria entregar os cargos. Ao ser perguntado sobre a divisão no PSDB, ele disse esperar apoio dos tucanos nas próximas batalhas no Congresso. “Quem estiver sentindo-se mal no PSDB sairá do governo, não tenho dúvida. Não estou dizendo o partido como um todo, porque lá há uma divisão muito grande.”
Sobre a reforma da Previdência, Temer apontou que ela não será “tão abrangente como deveria”, afirmando que uma nova mudança deve ser necessária daqui a alguns anos. Assim, o presidente preferiu substituir o termo “reforma” por “atualização” para falar sobre o assunto. Ele ainda disse esperar igualar as regras dos servidores públicos aos da iniciativa privada, além da idade mínima. Mostrando otimismo, o presidente apontou acreditar que conseguirá tocar ao mesmo tempo no Congresso as reformas tributária e política e ainda fez a aposta em uma taxa básica de juros (Selic) de 7% ao ano no fim de 2017.
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