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SÃO PAULO – O presidente Michel Temer prometeu ao ex-deputado Valdemar Costa Neto retirar o aeroporto de Congonhas da lista de privatizações a serem realizadas pelo governo. Conforme noticia o jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, o recuo do peemedebista se dá em função da necessidade de votos para barrar a segunda denúncia contra ele na Câmara dos Deputados. As expectativas iniciais eram que a possível outorga poderia render cerca de R$ 4 bilhões.
O PR, partido de Costa Neto, que foi condenado no mensalão, conta com uma bancada de 37 deputados e quatro senadores. O ex-presidente da sigla ainda mantém forte influência sobre os movimentos internos. O partido historicamente consegue participação importantes nos governos no setor de transportes.
Também pesa no recuo do presidente a percepção de que, com a venda de Congonhas — considerada a “joia da coroa” do setor, por ser o aeroporto mais lucrativo da Infraero –, o governo teria de injetar imediatamente cerca de R$ 400 milhões na Infraero, o que seria muito difícil em um momento de dificuldades de caixa.
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Além de barrar a venda de Congonhas, o PR conseguiu a promessa de reabertura do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG) para voos entre Estados, o que tende a gerar incômodo com a concessionária BH Airport, que administra o aeroporto de Confins.
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