Temendo ataques e até “mentiras”, governo não criticará e nem isolará Delcídio

O governo Dilma Rousseff teme que Delcídio use, nas palavras de um ministro, "até mesmo de mentiras" para atacar diretamente o Palácio do Planalto

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Segundo a Folha de S. Paulo, o governo não deve atacar nem isolar o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na véspera na Operação Lava Jato por tentar obstruir investigações. 

O governo Dilma Rousseff teme que Delcídio use, nas palavras de um ministro, “até mesmo de mentiras” para atacar diretamente o Palácio do Planalto. Por isso, a ordem é de cautela. 

Ao tomar conhecimento da prisão de Delcídio, Dilma demonstrou preocupação com o efeito para votações importantes no Congresso sobre o ajuste fiscal e também sobre sua imagem e a do seu governo, já que o senador era um dos principais articuladores do governo no Legislativo.

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Após examinar o conteúdo das falas do senador, a presidente ordenou que, oficialmente, o governo dissesse que foi “surpreendido” pelos fatos e defendesse “a autonomia das investigações”. Auxiliares de Dilma ressaltaram  que o conteúdo das falas do senador deixava claro que o senador “agia por conta própria” e não “a mando do governo federal”.

Vale destacar ainda a posição do PT sobre o assunto: o presidente nacional do partido, Rui Falcão, divulgou nota ontem em que se diz “perplexo” com os fatos que levaram à prisão do senador. Segundo ele, as ações do senador não têm relação com o partido.

Na nota, Rui Falcão disse que “nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado”. “O PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade”, acrescentou.

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De acordo com o presidente do partido, a legenda irá convocar uma reunião da Comissão Executiva Nacional “para adotar medidas que a direção partidária julgar cabíveis”.

(Com Agência Brasil) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.