Tem mais gente a favor da governabilidade que do impeachment, diz Pezão

Questionado se há condições para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha manter no cargo, Pezão disse que Cunha tem colocado interesses próprios acima dos do país

Equipe InfoMoney

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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse hoje (10) que a divisão dentro do partido pode impactar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. Parte dos integrantes da legenda é favorável ao pedido e outra se posiciona contrária. Nesta semana, a ala dos peemedebistas contrários ao governo conseguiram tirar Leonardo Picciani da liderança do partido na Câmara. Picciani é aliado do Palácio do Planalto e foi substituído por Leonardo Quintão (MG).

“Acho que tem muito mais gente favorável à governabilidade do que ao impeachment. Agora, eu não estou aqui dentro da bancada, dentro do Parlamento. Vejo de conversa entre os governadores, prefeitos, muita gente apostando na governabilidade”, disse Pezão, após audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) em que foi firmado acordo para a gestão da Bacia do Paraíba do Sul. Em ocasiões anteriores, Pezão já se posicionou contra o processo, que, segundo ele, é prejudicial para o Brasil.

Questionado se há condições para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) manter no cargo, Pezão disse que Cunha tem colocado interesses próprios acima dos do país. “Ele [Cunha] fica colocando os interesses dele acima dos interesses do país. Um chefe de Poder e um Poder tão importante onde estamos precisando discutir uma pauta de governabilidade, uma pauta que não seja pauta-bomba, estamos discutindo essas questões. Isso não soma. Estamos indo para dois dígitos em desemprego, acho um desserviço ao país não estarmos com uma pauta proativa”.

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Sobre a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, em relação ao pedido de impeachment, Pezão disse ser “triste” ver que é preciso recorrer à Justiça por falta de entendimento no Parlamento. Em decisão liminar, Fachin decidiu suspender o processo até que o plenário da Corte se manifeste, na próxima quarta-feira (16), sobre a constitucionalidade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas do processo e julgamento do impeachment. Fachin atendeu a ação ingressada pelo PCdoB.

“É muito triste cada vez mais estarmos vindo ao Supremo por falta de entendimento dentro do Parlamento, isso é muito ruim para o país”.

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