Tarcísio diz que discurso com críticas ao STF e Moraes traduz sentimento da população

"As pessoas estão cansadas. Só traduzi um pouco do sentimento das pessoas", acrescentou

Estadão Conteúdo

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fala em manifestação na Avenida Paulista no 7 de Setembro. Imagem: Reprodução YouTube
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fala em manifestação na Avenida Paulista no 7 de Setembro. Imagem: Reprodução YouTube

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), disse neste domingo (7) que o tom do seu discurso na Avenida Paulista durante o ato pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reflete o sentimento popular. “As pessoas estão cansadas, muito cansadas. Só traduzi um pouco do sentimento das pessoas”, disse ele ao responder sobre o tom adotado no palanque.

Em seu discurso, Tarcísio criticou abertamente o STF e disse que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes” e que não irá aceitar a “ditadura de um Poder sobre o outro”. As declarações marcam uma mudança de postura do chefe do Executivo paulista, que normalmente evita criticar diretamente o Supremo, o que já lhe rendeu diversas críticas de bolsonaristas no passado.

Dessa vez, no entanto, pelo menos neste primeiro momento, o discurso foi bem recebido pelos aliados do ex-presidente. “Discurso duríssimo do governador Tarcísio. Direto, reto e objetivo (…) Divisor de águas, momento importante”, escreveu no X Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República no governo Bolsonaro. Ainda de acordo com Tarcísio, as manifestações deste domingo mostraram que há “clamor popular” pela anistia e que elas dão forças para a medida ser aprovada no Congresso.

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“Tem uma parcela da população que acha injusto o que está acontecendo. Foi uma manifestação de força. Ruas lotadas não só aqui em São Paulo, mas em outras cidades, onde tivemos sucesso. Grande mobilização, muita gente de verde e amarelo. A gente acredita que isso ajuda, dá força às articulações. Vai se estabelecendo um consenso que a gente precisa de um caminho para a pacificação e esse caminho é o da anistia”, acrescentou ele.

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