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SÃO PAULO – O STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou a Polícia Federal a indiciar o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) na Operação Acrônimo, que apura esquema de lavagem de dinheiro para campanha do petista em 2014.
A PF pediu o indiciamento no ano passado por entender que há elementos suficientes que apontam para o envolvimento dele nos crimes investigados na operação, mas, em janeiro, a Procuradoria-Geral da República foi contra o pedido, alegando que a PF não tinha competência de promover indiciamentos contra autoridades com foro privilegiado.
Caso o governador seja indiciado, ele passa à condição de investigado, não mais de testemunha. Posteriormente, no entanto, cabe à PGR mover ação penal e incluí-lo como alvo caso veja indícios contra Pimentel.
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Além de ilegalidades na campanha do petista, a Acrônimo mira também suspeitas de compra de medidas provisórias e de favorecimento a empresas com empréstimos do BNDES quando governador comandava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A operação deu início em maio do ano passado, quando a PF buscava a origem de mais de R$ 110 mil encontrados em um avião, em outubro de 2014, que transportava Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de Pimentel ao governo mineiro. Também na primeira fase, a PF fez buscas no apartamento da mulher de Pimentel, a jornalista Carolina de Oliveira, em Brasília.
Um mês depois foi deflagrada a segunda etapa da operação, quando agentes apreenderam material em um escritório onde funcionou o comitê campanha de Pimentel em 2014. A terceira etapa ocorreu em outubro, quando foi cumprido mandado na casa do diretor-presidente da Cemig (CMIG4), Mauro Borges, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com atuação entre fevereiro e dezembro de 2014, quando assumiu o cargo deixado por Pimentel.
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Em dezembro, deu início a quarta fase, em São Paulo e no Distrito Federal. Um dos mandados foi cumprido num endereço no Lago Sul, bairro nobre de Brasília ligado ao empresário Elon Gomes, suspeito por pagamentos realizados a Bené.
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