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BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu retirar o sigilo da parte principal do inquérito que investiga a realização de manifestações antidemocráticas, que tem como foco atuação de aliados do presidente Jair Bolsonaro.
A Polícia Federal apresentou um relatório parcial das apurações em que defendeu, ainda no final de dezembro passado, o aprofundamento das investigações.
Entre os achados, de acordo com o documento de 154 páginas, constam o envolvimento de pessoas ligadas ao presidente, inclusive assessores e parlamentares, com manifestantes que chegaram a pedir, em protestos de rua, o fechamento do STF, medida inconstitucional.
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Esse inquérito foi aberto em abril do ano passado por determinação do procurador-geral da República, Augusto Aras, a quem cabe se manifestar sobre se aceita ou rejeita as sugestões da PF para aprofundar as investigações.
Procurado por meio da assessoria, o procurador-geral não respondeu de imediato os pedidos de comentário sobre as conclusões da PF.
Nomeado por Bolsonaro em 2019, contrariando tradição recente de se indicar nomes da lista elaborada após eleição feita pela própria categoria, Aras poderá ser reconduzido pelo presidente em setembro para um novo mandato de dois anos.
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