S&P emite alerta para rebaixamento de rating do Brasil se reforma da Previdência for adiada

Na área econômica do governo Michel Temer, a advertência da S&P foi recebida como um reforço à mensagem de que a aprovação da proposta é essencial, destaca o Estadão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A agência de classificação de risco Standard & Poor’s emitiu um alerta de que a nota soberana do Brasil pode ser rebaixada caso a reforma da previdência não seja aprovada em tempo hábil para “dar algum respiro” ao próximo governo, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

Na área econômica do governo Michel Temer, a advertência da S&P foi recebida como um reforço à mensagem de que a aprovação da proposta é essencial, destaca o jornal. A agência foi a primeira a tirar o grau de investimento do Brasil em setembro de 2015. Em agosto, a agência reafirmou a nota de crédito do País em BB, dois patamares abaixo do grau de investimento e manteve a perspectiva negativa.

“Nosso objetivo é ver se esse governo consegue aprovar algum tipo de reforma na Previdência que dê ao próximo governo, que virá depois das eleições de 2018, um respiro”, disse Joydeep Mukherji, analista da S&P Global Ratings. “Se sentirmos que existente um esforço considerável na direção da Previdência, o rating pode se estabilizar. Se não acontecer dessa forma, ou se ficar a impressão de que não vai haver reforma alguma, a nota pode ser rebaixada.”

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Vale destacar que, na semana passada, os jornais noticiaram que o governo segue em busca da aprovação de uma reforma mais enxuta. A reforma deveria se concentrar em três mudanças: idade mínima de aposentadoria, tempo mínimo de contribuição e uma regra de transição para quem já contribui hoje com a Previdência. 

A ideia seria a manutenção da proposta de idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, como já previsto no parecer do relator. Contudo, “ajustes” devem ser feitos no tempo mínimo de contribuição – de 25 anos, pelo texto da comissão – e na regra de transição. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.