S&P alerta: só mudança de discurso não será suficiente para o Brasil

Diretora de crédito soberano da agência de classificação de risco Standard & Poor's, Lisa Schineller, aguarda por mudanças mais efetivas para o Brasil

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A diretora de crédito soberano da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, Lisa Schineller, destacou em evento realizado em Washington que espera mais da nova equipe econômica do governo: uma mudança de discurso não é o bastante. 

Conforme apontou Lisa, somente a credibilidade dos ministros e a mudança de discurso não são suficientes para a mudança da perspectiva de rating do país. E lembrou de outros momentos em que o governo já havia sinalizado mudanças que não ocorreram no final, como é o caso do financiamento para os bancos estatais. 

Conforme aponta a LCA Consultores, um ponto que ainda precisará ser testado, e a S&P está acompanhando, é se a tentativa de mudança de rumo na política fiscal terá apoio de maneira ampla da classe política, da presidente e do Congresso.

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Ela classificou a situação atual pior que a observada em março do ano passado, quando o rating soberano do Brasil foi rebaixado em uma nota para BBB-. Por outro lado, afirmou que à princípio, uma mudança na atual perspectiva estável de classificação não viria em 2015.

Mas isso pode mudar se houver deterioração ou melhorias não antecipadas no cenário. O eventual cenário negativo implicaria o afastamento substancial do governo das medidas de ajuste, seguido de um choque que não seja bem administrado, o que teria impacto sobre as contas fiscais e externas. Lisa teve mais dificuldade em definir o que desequilibraria a perspectiva para o lado positivo: “Algo que não vimos ainda”.

E o baixo crescimento esperado para este ano não é a maior preocupação para a S&P neste momento, desde que por de trás do resultado fraco sejam feitas mudanças para corrigir os desequilíbrios do passado pois melhoraria as condições de crescimento no médio prazo. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.