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SÃO PAULO – Após ser acusado de envolvimento em fraudes orçamentárias, Silas Rondeau, ministro de Minas e Energia, poderá, em reunião junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevista para esta terça-feira, pedir seu afastamento do cargo ou até mesmo sua demissão.
Isto porque o relatório da Polícia Federal sobre a Operação Navalha encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça acusa o ministro de receber propina de R$ 100 mil da construtora Gautama, acusada de liderar o esquema de desvio de dinheiro do programa “Luz para Todos”.
Junto à comitiva presente na inauguração das duas últimas unidades geradoras de Itaipu, Rondeau anunciou a abertura de um processo administrativo sobre o envolvimento de sua pasta no esquema de fraude orçamentária. Cautelosos, membros do governo e da oposição evitam comentar os fatos.
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Operação Navalha
No último domingo, imagens da Polícia Federal divulgadas à imprensa mostram Maria de Fátima, assessora da Gautama, entrando no Ministério de Minas e Energia portando um envelope com supostos R$ 100 mil.
Este envelope foi entregue a Ivo Almeida Costa, assessor especial do Ministério, que, em seguida, entrou por uma porta que conduziria ao gabinete de Silas Rondeau. Instantes depois, Costa retorna, sem o envelope.