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A opinião dos presidenciáveis sobre a intervenção no Rio de Janeiro

Luis Taveira

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SÃO PAULO – A intervenção federal no Rio de Janeiro, aprovada nesta madrugada (20) pelo Câmara dos Deputados e que vai para o Senado nesta terça, é uma medida que causou burburinho entre os presidenciáveis.

A justificativa para esta medida é a reação do governo federal às frequentes queixas sobre a segurança pública no estado/cidade. Todavia, nem todos os candidatos à presidência aprovaram esta atitude, enquanto alguns estão “esperando para ver”, reagindo com cautela à medida do governo. 

Jair Bolsonaro, que deve ser lançar à presidência pelo PSL e é categorizado como “conservador”, afirmou que deveria ter havido uma integração maior com as Forças Armadas. “Defendemos a intervenção, mas não dessa forma, feita nos porões do Palácio, longe dos integrantes das Forças Armadas”. O presidenciável afirmou que faria uma espécie de proteção jurídica para os agentes de segurança pública que disparassem contra supostos criminosos. “O que nós precisamos no Rio de Janeiro, agora, é que esses homens que vão estar nessa operação, após o cumprimento de qualquer operação, caso venha abater alguém, respondam, mas não tenha punição para eles”. Além disso, chamou a intervenção de ‘política’. “É uma intervenção política que ele está fazendo. Ele agora está sentado, lá não sei aonde, tranquilo, deitado. Se der certo, eu vou torcer para que dê certo, glória dele. Se der errado, joga a responsabilidade no colo das Forças Armadas”. Para completar, Bolsonaro disse “Temer já roubou muita coisa aqui, mas o meu discurso ele não vai roubar, não”.

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Geraldo Alckmin, possível presidenciável pelo PSDB, em entrevista concedida enquanto visitava às obras do a estação Morumbi, da linha 17-ouro em São Paulo, na última sexta-feira (16), também aparenta aprovar a medida, ao classificá-la como “necessária” e “extrema”. “É a primeira vez que há uma intervenção em um Estado na questão da segurança pública. Agora, é um estado de necessidade e, havendo necessidade, há que se agir. Não pode ter omissão”. Para o governador, além da medida de intervenção, é preciso combater as causas do problema da segurança, que, em sua opinião, são o tráfico de drogas e armas. “Há um princípio que diz: elimina a causa que o efeito cessa. O problema da segurança pública é no Brasil inteiro e o que está causando tudo isso é tráfico de drogas e tráfico de armas”.

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Na mesma linha de aprovação, João Amoêdo, a concorrer pelo Partido Novo, disse, em publicação pelo Facebook, que a intervenção foi feita sem planejamento e que provavelmente será utilizada politicamente pelo governo Temer, mas que, em um primeiro momento, aprova a intervenção. “A intervenção foi feita sem o devido planejamento: sim. Ela será utilizada política e eleitoralmente para fortalecer o governo Temer: muito provavelmente. Ela ajudou a resolver temporariamente o problema de votação da Reforma da Previdência: sim. Ela pode fracassar e não resolver o problema de segurança pública do estado: sim. Entretanto, com a total incapacidade do governo do Rio de tratar o assunto e o clima de violência existente no estado, a intervenção é positiva e conta, neste momento inicial, com o meu apoio.”

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Por outro lado, Marina Silva, pré-candidata pela Rede, em nota emitida em suas redes sociais, espera que o decreto de intervenção de Temer ‘tenha sido precedido do mais responsável planejamento’. “No âmbito de uma federação democrática, a medida mais traumática é a intervenção federal. Só espero que esta tenha sido precedida do mais responsável planejamento, para que a respectiva execução, de fato, traga a devida proteção e amparo à sofrida população do Rio, em lugar de aumentar suas agruras”.

Ciro Gomes, o escolhido pelo PDT, também em seu Facebook, disse que torce para que dê certo, ‘mas duvida muito’. “A motivação é mesquinha e politiqueira. Biombo para o fracasso politico da malfadada reforma da previdência que de reforma nada tem, trata-se de uma aposta irresponsável num centro importante de irradiação politica para retirar da absoluta ilegitimidade politica um governo caracterizado por uma agenda anti-povo, anti-nacional e pela metástase da corrupção generalizada […] sem os meios corretos, sem inovações institucionais profundas, sem uma convergência com um Ministério Público e um Poder Judiciário muito diferentes do que temos, por média, sua tarefa corre muitos riscos.”

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