Setor elétrico: Barclays elege Sabesp, Cesp e Light top picks e atualiza projeções

CPFL foi rebaixada para underweight; notícias sobre renovação de concessões devem impactar positivamente o setor

Beatriz Nantes

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SÃO PAULO – Incorporando novas premissas acerca do cenário regulatório, da macroeconomia da região e analisando os movimentos recentes das ações, os analistas do Barclays atualizaram estimativas para o setor de energia elétrica na América Latina.

A recomendação de todas as empresas foi mantida, com exceção da CPFL Energia, que foi reduzida de equal-weight (peso em linha com a média do portólio) para underweight (peso abaixo da méda do portfólio).

Panorama do setor elétrico
Felipe Mattar, Sergio Conti e Bruno Pascon, que assinam o relatório, acreditam que o fluxo de notícias a respeito da renovação das concessões deverá esquentar entre o último trimestre deste ano e o primeiro de 2011. As definições teriam impacto positivo sobretudo para Cesp e Eletrobras, mas também para Cemig e Copel.

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Entretanto, as notícias em torno das eleições de outubro também podem afetar as empresas – nesse caso, podendo pesar sobre Cemig e Copasa e impulsionar Copel, Cesp e Sabesp. 

Com relação ao terceiro ciclo de revisões tarifárias, a equipe acredita que o impacto deveria ser positivo para Eletropaulo, Energias do Brasil, CPFL, Coelce, Cemig, Copel e Light – e caso ocorra, levaria a ganhos de eficiência não incorporados na análise, trazendo um risco de upside aos valuations atuais.

Câmbio e fusões 
Outro tópico abordado foi o impacto de mudanças no câmbio. “Uma apreciação do real poderia impactar a Cesp e a Sabesp positivamente, e Eletrobras de forma negativa”, acreditam, citando a exposição da dívida ao dólar no caso das duas primeiras e os recebíves no caso da Eletrobras.

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Por fim, dentro do cenário de privatização, consolidação e perspectivas de fusões e aquisições, a equipe vê Cemig, Neoenergia, Eletrobras e CPFL como compradoras, e Brasiliana, CESP, Elektro, Equatorial como possíveis alvos. “Mas grandes transações em potencial só devem ocorrer no próximo governo, que assume em 2011”. 

Empresa Ticker
Recomendação Preço-Alvo
Upside*
AES Tietê GETI4 Underweight R$ 23,00 9,7%
Cemig CMIG4 Equalweight R$ 30,00 15,1%
CESP CESP6 Overweight R$ 32,00 24,2%
Coelce COCE5 Overweight R$ 35,00 26,8%
Copasa CSMG3 Equalweight R$ 30,00 15,6%
Copel CPLE6 Overweight R$ 47,00 22,1%
CPFL Energia CPFE3 Underweight R$ 43,00 8,1%
Transmissão Paulista TRPL4 Overweight R$ 55,00  18,7%
Energias do Brasil ENBR3 Overweight R$ 45,00  28,6%
Eletrobras ON ELET3 Underweight R$ 22,00  0%
Eletrobras PN ELET6 Underweight R$ 30,00  14,4%
Eletropaulo ELPL6 Underweight R$ 37,00  1,1%
Equatorial Energia EQTL3 Overweight R$ 21,00  25,1%
Light LIGT3 Overweight R$ 30,00  38,6%
Sabesp SBSP3 Overweight R$ 50,00  42,0%
Tractebel TBLE3 Equalweight R$ 27,00 18,4%
*Potencial de valorização com base no fechamento de 27 de julho

Destaques
Com relação a CPFL Energia, a revisão para baixo, apesar do preço-alvo ter sido elevado em R$ 2, se deve ao recente desempenho da ação, que teve grande avanço, ainda mais comparado aos pares defensivos. Uma menor probabilidade de aquisição no curto prazo também foi avaliada.

Para a Sabesp, um cenário político positivo em São Paulo no segundo semestre, combinado com a possível definição do cenário regulatório no quarto trimestre de 2010 devem levar a um momentum positivo para a empresa, que atualmente está subvalorizada. Os analistas citam ainda o provável aumento de 10% a 15% no Ebitda (geração operacional de caixa) para 2010 e 2011.

No caso da Cesp, o rendimento de fluxo de caixa livre esperado de 18% entre 2010 e 2014, combinado com a conclusão da reestruturação da dívida da companhia, além de possíveis novidades acerca da renovação das concessões no final do ano, trazem um viés positivo para o Barclays. A equipe vê um upside potencial atrativo, que pode ainda ser impulsionado pelo resultado das eleições.

Por fim, a nova top pick, Light, “merece atenção”, segundo os analistas. Para eles, a recente queda dos papéis ofusca a expectativa de crescimento de 40% no Ebitda entre 2010 e 2013, além do bom fluxo de notícias que deve vir no segundo semestre, com a redução das perdas de energia. A equipe acredita ainda que as ações estão precificando demais o risco político e de fusões e aquisições. 

Vale dizer que as top picks do banco para o setor nos próximos 12 meses incluem ainda Cesp e Sabesp – todas com recomendação overweight (desempenho acima da média do mercado). 

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