“Será um longo inverno, extrema direita não é episódica”, diz Haddad

Ministro disse que concorda com os críticos sobre governo ser "muito analógicos nas redes sociais" e que combate às fake news é um problema

Equipe InfoMoney

Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o governo precisa aprender a lidar com essa ascensão da extrema direita. Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, ele disse que esse “será um ciclo longo, um inverno longo”.

“A extrema direita não é episódica. Ela pode até durar pouco no curso da História. Mas às custas de muita destruição às vezes”, afirmou. “A Segunda Guerra Mundial é fruto da ascensão da extrema direita. E foram 60 milhões de vidas perdidas”.

Haddad lembrou que a ascensão da extrema direita é um fenômeno mundial, relacionado à desinformação e à disseminação de fake news. “Eu concordo com os críticos que dizem que nós ainda estamos muito analógicos nas redes sociais. O combate às fake news é um problema ainda para nós”, disse.

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Ao ser questionado sobre como o governo está lidando com isso, afirmou que busca-se uma democrática – e não autoritária – para o problema. “Nós queremos proteger o indivíduo de uma avalanche de desinformação que ofende a sua reputação e contra a qual ele não tem proteção”. Disse ainda que o governo precisa calibrar melhor sua comunicação.

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