CPI da Pandemia: Senadores vão à PGR para desarquivar pedidos de inquérito

Parlamentares pedem a Paulo Gonet para analisar de novo os pedidos de indiciamento contra Bolsonaro, Pazuello e Queiroga, entre outros

Agência Senado

Paulo Gonet, procurador-geral da República, recebeu senadores (Foto: Leobark Rodrigues/Secom/MPF)

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Senadores que participaram da CPI da Pandemia, em 2021, se reuniram com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para pedir o desarquivamento dos pedidos de indiciamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dos ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga, de parlamentares e de empresários.

O PGR anterior, Augusto Aras, recusou os pedidos da CPI para abertura de inquérito contra os nomes apontados pelo relatório final, que recomendou o indiciamento de 66 pessoas físicas e 2 pessoas jurídicas por crimes que teriam sido cometidos durante a pandemia de Covid-19.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Gonet indicou que poderá analisar as conclusões dos seis meses de investigações da CPI. “Ele sinalizou que a CPI e o trabalho feito por nós é digno de admiração e será por ele, no âmbito da PGR, prestigiado. Isso, para nós, é o mais relevante, o fundamental desse encontro. Saímos daqui convencidos de que não terá impunidade para os mais de 700 mil brasileiros que morreram”, afirmou Randolfe.

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Aliado de Bolsonaro, o senador Marcos Rogério (PL-RO), que também integrou a CPI da Pandemia, criticou o gesto dos colegas ao afirmar que o ex-procurador Augusto Aras se baseou na falta de provas para arquivar os pedidos de indiciamento da comissão.

“Não vejo razão para requentar fatos que já foram sepultados. Eles trabalharam linhas de narrativas que não pararam de pé. O Ministério Público Federal é um só e já se manifestou sobre isso. Acho que estão querendo requentar narrativas para manter o debate político baseado nessas teorias que não param de pé”, disse o parlamentar.

Dos onze pedidos de ação penal, Augusto Aras recusou dez. Desses, quatro foram arquivados definitivamente e outros seis foram objeto de recurso por parte da CPI no Supremo Tribunal Federal (STF). Apenas um corre na Justiça Federal do Amazonas. Após seis meses de investigações, a CPI da Pandemia aprovou o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) com mais de mil páginas, que incluíram pedidos de indiciamentos e sugestões de projetos de lei.

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