Senadora diz que CPMF não está vinculada à absolvição de Renan Calheiros

Segundo Ideli Salvati, líder do bloco do governo, "não existe nem acordão, nem acordinho, não existe nada"

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Na última segunda-feira (19), a líder do bloco do governo no Senado, senadora Ideli Salvati (PT-SC), descartou qualquer tentativa de se vincular a absolvição do presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao apoio peemedebista à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

Consciência

“Não existe nem acordão, nem acordinho, não existe nada. O que existe é um compromisso firmado por todos os partidos de que os processos contra o senador Renan seriam encaminhados ao plenário até o início de novembro. Se o acordo está sendo ruído, não é por nós”, afirmou Ideli.

Como líder do PT, Ideli Salvati disse que não tomará qualquer providência para orientar a bancada de seu partido no julgamento de Renan Calheiros. “Cada um votará de acordo com sua consciência. Esse tipo de argumento só serve para criar constrangimentos onde não existe”, disse.

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Processos vinculados

Para o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), a decisão do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), de adiar o parecer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) sobre o processo de cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) vincula a situação do presidente licenciado do Senado à prorrogação da CPMF.

“A intenção da oposição é aproximar os dois problemas e, seguramente, a intenção da base do governo é separar”, argumenta. Conforme divulgou a Agência Brasil, Viana afirmou que a manobra dos tucanos prejudicará não apenas o governo, mas a sociedade.

“Vai se criar uma confusão agora. A ligação entre o caso do senador Renan Calheiros e a CPMF não é boa para a sociedade, que tinha uma avaliação específica da postura do Senado em relação a Renan e outra em relação à CPMF”, afirmou o petista.

Relatório bom

O líder do PSDB, por sua vez, negou que o adiamento do parecer tenha como objetivo vincular o caso do presidente licenciado a um suposto acordo entre governo e PMDB para absolver Renan em troca da aprovação da CPMF.

“O que tenho lido nos jornais é que este acordo estava construído, embora não seja minha preocupação. Estou preocupado apenas em apresentar um relatório bom”, alegou.

Já para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), está clara a intenção do governo em fechar um acordo com Renan para facilitar a renovação do tributo. “Existe uma tentativa de acordo para salvar Renan, aprovar a CPMF e escolher o próximo presidente do Senado conforme o gosto do Poder Executivo”, acusa.

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