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SÃO PAULO – O impasse político na Grécia entra na segunda semana, deixando o país cada vez mais perto de sair da Zona do Euro. Após fracassar no fim de semana, o presidente grego, Karolos Papoulias prometeu que vai retomar nesta segunda-feira as tentativas de formar um governo de coalizão com líderes de partidos. Segundo informações do gabinete grego, uma reunião sobre o tema estava agendada para as 7h30 (horário local) em Atenas.
No domingo, Papoulias reuniu os três principais partidos da Grécia e apelou por uma união nacional, mas não foi atendido. Segundo a emissão de televisão estatal grega, o encontro desta data deve contar com quatro líderes políticos: Antonis Samaras, do partido Nova Democracia; Alexis Tsipras, do Syriza; Evangelos Venizelos, do Pasok; e Fotis Kouvelis, do Esquerda Democrática. Porém, Tsipras não pretende participar da reunião, acrescentou a emissora.
Fora austeridade
Em 6 de maio, mais da metade da população grega votou em partidos contrários ao programa de austeridade, mas nenhum deles conseguiu maioria para governar. Os três partidos mais votados – Nova Democracia, Syriza e o Pasok, nesta ordem -, tiveram três dias cada para tentar criar uma coligação, mas fracassaram.
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Alexis Tsipras líder do Coalizão de Esquerda (Syriza) se recusou a fazer parte da aliança, defendendo que seu partido teve êxito nas eleições por ser contrário às políticas de austeridade e que não faria sentido compor um governo que defende o acordo internacional de resgate. Cabe lembrar que os credores da Grécia exigiram cortes de gastos em troca do apoio financeiro.
A opinião de Tsipras é compartilhada pelo presidente do KKE (Partido Comunista Grego), Aleka Papariga, que propôs neste domingo a anulação dos acordos que levaram à concessão de ajuda internacional a seu país. Depois do encontro com Papoulias, Papariga afirmou que apresentaria ao Parlamento grego um projeto de lei que determina a eliminação e a anulação do acordo.
Saída do euro
A Grécia vive um momento conturbado e a impossibilidade de formar um novo governo até quinta-feira, quando a nova composição do Parlamento se reúne pela primeira vez, obrigará a convocação de novas eleições em junho.
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Este parece o resultado mais provável, de acordo com analistas de mercado e os próprios políticos gregos. Mais cedo, nesta segunda-feira, o líder da Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis estimou que as conversas entre o atual presidente e os partidos políticos devem chegar ao fim sem solução. Ele salientou que é impossível formar um governo de coalizão sem a presença do Syriza.
Além de novas eleições, o impasse também pode levar a Grécia a deixar a Zona do Euro. Para os credores, se o país continuar com um vácuo de poder e não conseguir aprovar as reformar necessárias para a liberação do pacote de resgate, o acordo será encerrado.
Diante disso, empresas e bancos centrais se preparam para o novo cenário e entidades, como a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) acreditam que o risco de a Grécia abandonar o euro cresceu. No entanto, pesquisas mostram que a grande maioria dos gregos rejeito o pacote, mas quer manter a moeda única.
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