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SÃO PAULO – O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, nesta quarta-feira (8), que “há uma crise real” no Brasil, que precisa ser atacada, e que “a solução não está no autoritarismo” e em “arroubos antidemocráticos”. A declaração ocorre um dia após manifestações a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em diversas capitais do país.
Bolsonaro participou de protestos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo. Os atos tiveram discursos antidemocráticos, ataques ao Poder Judiciário e ao Congresso Nacional, além de pedidos de intervenção militar.
Em suas falas, o presidente elevou o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF) – em especial contra o ministro Alexandre de Moraes, cujas decisões disse que não mais respeitará. O mandatário também atacou o atual sistema eleitoral e voltou a defender o voto impresso.
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O pronunciamento de Pacheco foi gravado em vídeo de 1 minuto e 35 segundos de duração e divulgado após os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, se manifestarem sobre o assunto. Em sua fala, o senador não citou Bolsonaro e cobrou diálogo e harmonia entre os Três Poderes.
“Nós vivemos em um país em crise. Uma crise real de fome e de miséria que bate à porta dos brasileiros, sacrificando a dignidade das pessoas. De inflação, com a perda do poder de compra dos brasileiros, as coisas estão mais caras. A crise do desemprego, a crise energética, a crise hídrica. Uma pandemia que entristeceu muito o país”, disse.
“Uma crise real que nós vivemos e que nós temos que dar solução a ela. Essa solução não está no autoritarismo. Não está nos arroubos antidemocráticos, não está em questionar a democracia. Essa solução está na maturidade política dos poderes constituídos de se entenderem, de buscarem as convergências para aquilo que verdadeiramente interessa ao brasileiros”, continuou.
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Leia a íntegra do pronunciamento:
“Nesse 7 de Setembro, muitos brasileiros foram às ruas. Outros milhares não foram, e existe um ponto em comum entre todos os brasileiros: nós vivemos em um país em crise.
Uma crise real de fome e de miséria que bate à porta dos brasileiros, sacrificando a dignidade das pessoas. De inflação, com a perda do poder de compra dos brasileiros, as coisas estão mais caras. A crise do desemprego, a crise energética, a crise hídrica. Uma pandemia que entristeceu muito o país.
Então, uma crise real que nós vivemos e que nós temos que dar solução a ela.
Essa solução não está no autoritarismo. Não está nos arroubos antidemocráticos, não está em questionar a democracia.
Essa solução está na maturidade política dos poderes constituídos de se entenderem, de buscarem as convergências para aquilo que verdadeiramente interessa aos brasileiros.
Por isso, é fundamental – e a gente deve trabalhar muito por isso – que os Poderes sentem à mesa, se organizem, se respeitem. Cada qual cumpra o seu papel respeitando o papel do outro e busque uma harmonia que vai significar na solução do problema das pessoas.
Repito, não é com excessos, não é com radicalismo, não é com extremismo. É com diálogo e com respeito à Constituição que nós vamos conseguir resolver os problemas dos brasileiros.
É isso que os brasileiros esperam de Brasília e dos poderes constituídos”.
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