“Sem chances” de governar caso volte, Dilma é convencida a propor novas eleições, diz O Globo

Presidente afastada teria sido convencida por aliados próximos de que não chegará ao fim do mandato se barrar o impeachment; Folha destaca que senadores reavaliam impeachment e placar mostra 42 senadores a favor da cassação

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os jornais desta quinta-feira reforçam, mais uma vez, a sinalização de que diversos senadores estão reavaliando como votarão em relação à saída definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as turbulências do governo interino Michel Temer enfraqueceram o apoio ao impeachment de Dilma e, pelo placar da publicação – atualizado pela última vez no sábado, 28 de maio – 42 parlamentares se posicionam a favor da saída da presidente, ante os 54 necessários para a saída dela. 19 são contra, 14 não declararam e 6 estão indecisos. 

O jornal reforça que, no atual cenário, cresce a expectativa por novas eleições, e um eventual aceno de Dilma pela convocação de novo pleito ajudaria indecisos a optarem por garantir o seu mandato.

E é nesta linha que se sinaliza o jogo político, conforme aponta o jornal O Globo. A publicação de hoje afirma que os aliados da presidente afastada veem como nulas as chances de Dilma governar e teriam convencido a petista de que, mesmo na hipótese de voltar, ela não conseguirá chegar ao fim do mandato de 2018. A reportagem diz que a saída, já aceita por ela, será convocar um plebiscito para consultar a sociedade sobre a antecipação das eleições presidenciais. A estratégia foi acertada na manhã da última terça-feira, em reunião de Dilma com governadores petistas em Brasília.

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 Segundo o jornal, Dilma e os governadores fizeram as contas e tentarão reverter até oito dos 55 votos dados, no dia 12 de maio, pela abertura do processo de impeachment. O novo cenário daria a Dilma uma margem segura para voltar ao Palácio do Planalto. Porém, a proposta de novas eleições também deve contar com etapas espinhosas no Legislativo. A proposta precisará de 49 votos em cada um dos dois turnos de votação a que será submetida no Senado. Depois, ela seguirá para a Câmara dos Deputados, onde também será submetida a dois turnos de votação e precisará ser aprovada por três quintos dos deputados. Ou seja, muitas etapas que, se concretizadas, devem levar muito tempo. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.