Segundo modelo do BC, 1 p.p. a mais de superávit traria corte de 0,5 p.p. na Selic

Avaliação é da MCM Consultores, utilizando o Samba, ferramenta que está sendo cada vez mais utilizado pela autoridade monetária

Renato Rostás

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SÃO PAULO – Através do modelo Samba, ferramenta que vem sendo utilizada pelo Banco Central para conduzir sua política monetária, a MCM Consultores traçou cenários do impacto de mudanças na taxa Selic.

Segundo a análise, um aumento de 1 ponto percentual no superávit primário possibilitaria o corte nos juros de 0,5 ponto percentual em um ano. O impacto sobre a inflação só viria também depois de 12 meses, considerando o efeito acumulado, e seria pequeno: de 0,3 ponto percentual.

Mudança de modelo
A consultora explica que o BC decidiu utilizar cada vez mais esse novo modelo, que é considerado de equilíbrio geral de médio porte, por causa de sua estrutura microfundamentada. O Samba divide a conjuntura econômica em quatro grupos: famílias, empresas, governo e setor externo.

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Cada um desses segmentos é, ainda, detalhado em fatias menores – famílias que gastam todo o salário e que investem, empresas importadoras, exportadoras e mistas, variáveis internacionais sobre a economia brasileira, além de autoridades monetária e fiscal do País.

Segundo a MCM, por causa dessa análise minuciosa, os canais de transmissão nos quais os choques econômicos se propagam podem ser observados mais profundamente. Hoje, instrumentos como o Samba já são realidade para os principais bancos centrais do mundo.

No caso de uma recessão…
Um dos cenários aventados pelos consultores é o de uma contração na demanda externa e o impacto que ela teria sobre a atividade econômica no Brasil. Caso a procura por produtos pelo mundo caísse em 10 pontos percentuais, segundo a ferramenta do BC, o PIB (Produto Interno Bruto) imediatamente desaceleraria em 1,97 p.p., já que as exportações apresentariam contração de 9,5 p.p.

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No intervalo de tempo de um trimestre, a taxa de juro teria de registrar baixa de 0,11 p.p., ao menos, o que traria também a inflação para um patamar 0,16 p.p. menor. Essa análise tenta contemplar a possibilidade de o choque externo que pode ocorrer no exterior ser menor do que o apresentado em 2008 e 2009, mas também mais extenso. A MCM afirma que atualmente trabalha para elaborar os efeitos totais desse cenário, segundo o Samba.

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