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A morte de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado de São Paulo assassinado na Praia Grande, nesta segunda-feira (15), reascendeu debates sobre a violência e atuação criminosa no litoral do Estado.
Nos últimos dias, quem já havia sinalizado a respeito do tema foi Guilherme Derrite, Secretário de Segurança Pública de São Paulo. Em palestra no Fórum O Otimista Brasil 2025, no dia 8 de setembro, o capitão e deputado federal deu detalhes sobre o “cenário de guerra” que encontrou na Baixada Santista durante as Operações Escudo e Verão, realizadas em 2023 e 2024 na região.

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Quem é Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral de São Paulo assassinado na Praia Grande
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“[As operações] Foram amplamente divulgadas pela mídia; em alguns casos, criticadas por aqueles que não imaginavam o cenário de guerra que foi encontrado lá na Baixada Santista”, iniciou Derrite. “Eu quero deixar claro que o confronto é a nossa última opção. Se tem alguém que não deseja o confronto entre a Polícia e criminosos sou eu, porque é o momento mais triste da vida dessa função que eu exerço aqui”, ressaltou.
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O secretário citou que foram desmobilizadas 27 barricadas, espécie de trincheiras improvisadas, na dimensão da Baixada Santista.
“Não é um cenário de paz e tranquilidade. O que estava se formando ali era a tentativa da criação de um território paralelo dentro do Estado de São Paulo. Nós já vimos esse filme acontecer em outros locais e tenho certeza de que é muito prejudicial”, explicou.