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O atual prefeito de Porto Alegre (RS), Sebastião Melo (MDB), foi reeleito neste domingo (27) para um mandato de quatro anos, confirmando seu favoritismo observado durante toda a campanha e pelas pesquisas de intenção de votos.
Com 100% das urnas apuradas, ele tinha 406.467 votos − o equivalente a 61,53% dos votos válidos (ou seja, desconsiderando votos em branco e nulos). Sua adversária, a deputada federa Maria do Rosário (PT), aparecia com 254.128 votos (38,47%), segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar de o resultado não ter representado exatamente uma surpresa para quem acompanhava o pleito na capital gaúcha, ele não deixou de ser um feito do atual prefeito. Historicamente, chefes do Poder Executivo local enfrentam dificuldades para conquistarem mais um mandato dos eleitores.
Soma-se a isso o fato de que Porto Alegre e diversas cidades do Rio Grande do Sul estavam embaixo d’água seis meses atrás, em uma das maiores tragédias climáticas da história do País, com as fortes chuvas provocando inestimáveis estragos à região.
Na época, muitas críticas foram direcionadas à atual administração, mas Melo demonstrou resiliência e se destacou durante a campanha eleitoral, com uma estratégia de comunicação que virou case e uma postura de proximidade das comunidades.
A despeito de ter contado com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Melo evitou a nacionalização do debate eleitoral em Porto Alegre e concentrou esforços em discutir questões locais. O prefeito se beneficiou da onda favorável para reeleições observada em todo o País, consolidando um favoritismo improvável na campanha.
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Sebastião Melo tem 66 anos, é natural de Piracanjuba (GO) e graduado em Direito. Foi eleito vereador em Porto Alegre (RS) por três mandatos consecutivos, em 2000, 2004 e 2008. Em 2007, foi escolhido para presidir a Câmara Municipal. Cinco anos mais tarde, chegou ao cargo de vice-prefeito na capital gaúcha.
Em 2018, foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul e, em 2020, venceu a eleição para prefeito de Porto Alegre. Nas eleições deste ano, formou uma ampla coalizão, com Progressistas, Republicanos, PL, PSD, Podemos, Solidariedade e PDR, que lhe garantiu amplo espaço de exposição nos meios tradicionais de comunicação.