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SÃO PAULO – Em meio à onda de manifestações de oficiais generais da reserva contra a concessão de habeas corpus para impedir a prisão de Lula, o general de Exército da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa disse ao jornal O Estado de S. Paulo que, se o STF (Supremo Tribunal Federal) deixar o petista solto, estará agindo como “indutor” da violência entre os brasileiros, “propagando a luta fratricida, em vez de amenizá-la”.
Indo além, ele afirmou que, se o Supremo permitir que Lula se candidate e se eleja presidente, não restará outra alternativa do que a intervenção militar. “Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá.”
Na semana passada, em entrevista à Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, Lessa também tinha sido enfático ao afirmar que uma confrontação não seria pacífica. “Vai ter derramamento de sangue, infelizmente é isso que a gente receia.” E acrescentou que essa crise “vai ser resolvida na bala.” Lessa foi comandante militar do Leste e da Amazônia e presidiu o Clube Militar.
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Ao jornal, o Exército disse que as declarações de Lessa representam a “opinião pessoal” de Lessa. “O Exército brasileiro pauta sua atuação dentro dos parâmetros legais balizados pela Constituição Federal e outras normas que regem o assunto.” Já o Supremo informou que não se manifestaria sobre o caso.
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