“Se eu fosse Dilma, estaria alarmado com a avaliação da gestão”, diz Serra

O tucano destacou o fato de os candidatos da oposição serem pouco conhecidos e sinalizou que o horário eleitoral e os debates devem ser determinantes para ditar a escolha dos eleitores.

Marcello Ribeiro Silva

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SÃO PAULO – Candidato ao Senado pelo PSDB, José Serra afirmou que a presidente Dilma Rousseff deve estar preocupada com as recentes pesquisas de intenção de voto, principalmente diante da avaliação irregular que sua gestão vem registrando nos levantamentos.

“Se eu fosse Dilma, eu estaria alarmado com essa avaliação do governo”, disse o tucano, destacando a avaliação precária do governo federal e o desejo de mudança reportados nas pesquisas mais recentes.

Para o ex-governador de São Paulo, o horário eleitoral e os debates devem ser determinantes para ditar a escolha dos eleitores. “Teremos segundo turno. O governo está com uma avaliação parelha entre bom e ruim. Isso é um péssimo resultado para o PT e mostra o que pode acontecer quando os candidatos se tornarem mais conhecidos”.

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De acordo com Serra, os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) ainda não são suficientemente conhecidos. Para ele, ambos devem ganhar apoio a partir da exposição que será feita a partir da transmissão dos debates e da propaganda eleitoral. 

O tucano reforçou que quatro indicadores da economia são decisivos nas eleições: vendas no varejo, remunerações reais, inflação e desemprego. Para ele, o baixo crescimento econômico é um dos sintomas dos problemas reais do país. “Em 2010, essas variáveis eram muito mais favoráveis ao governo”, afirmou Serra, destacando o pessimismo dos empresários. “Se a oposição ganhar, o governo terá mais credibilidade e os empresários devem investir ainda mais, o que deve impactar diretamente nos números que são desfavoráveis atualmente”, completou.

Além disso, Serra não poupou críticas e disse que a petista estragou o sistema elétrico do país. “A área elétrica é complicada. A Dilma quis resolver o problema a troco de nada. Não estava acontecendo nada e tomou uma medida. Ela produziu o efeito contrário: desorganizou o setor no Brasil”.

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Sobre sua candidatura ao Senado, o tucano disse que tem uma preparação enorme para atuação parlamentar. Ele afirmou também que São Paulo merece uma atenção melhor do governo federal. Em relação à renegociação da dívida de estados e municípios e a mudança de indexador, Serra se mostrou favorável. “Para se ter uma ideia do problema de federação do Brasil, 42% da arrecadação do governo federal é feita em São Paulo. Sabe quanto volta? 10%, ou seja, quatro vezes menos daquilo que é remetido. Esse é o problema”. 

Sobre sua campanha ao Senado, o peessedebista disse que a base de financiamento vem de colaborações das empresas. “As empresas estão me ajudando. Já tentei arrecadar com pessoa física, mas não consegui, nem mesmo os amigos ajudaram. Campanha é cara. Para reduzir gastos de campanha, temos que reduzir os custos de campanha”, explicou.

Além disso, o tucano destacou a demora para aprovar os genéricos. “Quando eu era ministro da saúde, a aprovação dos genéricos levava de 5 a 6 meses. hoje, demora 30 meses, porque o ministério é lento. Eu vou fazer um projeto de lei obrigando, dando prazo para aprovar em menos tempo. Se vira”, esbravejou Serra. 

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