Safra divulga perspectivas para 2010, prevendo Ibovespa aos 80 mil pontos

Analistas revelam seus cinco papéis preferidos, todos atrelados ao mercado doméstico; maiores riscos vêm do cenário externo

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SÃO PAULO – Conforme 2009 se aproxima do seu fim, analistas divulgam suas perspectivas para o ano que vem. A equipe do Safra Banco de Investimento não é exceção, divulgando expectativas de um Ibovespa a 80 mil pontos ao final de 2010.

A pontuação projetada confere, desta forma, um potencial de valorização de 19,7% em relação ao fechamento do índice na última sexta-feira. Oportunidade de lucro, mas que pode ser maior: “recomendamos que os investidores esperem uma correção de 5% antes de elevarem suas exposições”, sugere o Safra.

Além da projeção-base, a equipe também traçou dois cenários alternativos. O otimista prevê um Ibovespa a 90 mil pontos ao final de 2010, ao passo que o mais pessimista traz um patamar de 55 mil pontos ao índice no mesmo período.

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Top picks
Aos interessados em apostarem mais na bolsa brasileira, os analistas também trouxeram suas sugestões de papéis, todos atrelados, ainda que alguns mais e outros menos, ao mercado doméstico.

É o caso do grupo Pão de Açúcar (PCAR5), cujas ações devem ser beneficiadas também pela sinergia a ser registrada pela companhia após a incorporação da Globex e da Casas Bahia. Por sua vez, os papéis da Iochpe-Maxion (MYPK3) conquistam lugar entre as top picks do Safra em função da expectativa de forte crescimento da indústria automotiva brasileira.

Outro setor que deve desfrutar de bons resultados nos próximos anos é o imobiliário. “A demanda por imóveis entre as classes mais baixas deve continuar crescendo”, afirma o Safra, justificando a escolha das ações da PDG (PDGR3). Outra empresa que deve postar fortes ganhos no lastro da expansão do setor é a Duratex (DTEX3), cujos papéis também figuram entre as top picks.

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Por fim, os ativos da CSN (CSNA3) completam a lista de recomendações dos analistas para 2010, otimistas quanto ao segmento de minério de ferro. “Além disso, apreciamos a exposição da companhia ao mercado doméstico de aço, com uma diversificada cartela de clientes”, justifica o Safra.

Economia de vento em popa
A escolha de papéis atrelados ao mercado doméstico não foi à toa. A equipe do Safra mostra-se otimista quanto ao cenário macroeconômico do País nos próximos doze meses, e motivos não faltam para sustentar tal visão. Um dos fatores citados pelos analistas é a retomada da tendência de crescimento dos investimentos.

Após o declínio projetado de 1% neste ano, os investimentos no País devem reportar forte expansão de 20% no ano que vem, acima da alta de 13,4% registrada em 2008. Além da melhora no ambiente econômico em geral, os analistas citam diversos projetos de infraestrutura a serem iniciados em 2010, como o trem-bala ligando as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

Parte desse aumento dos investimentos deve-se, também, à expectativa de continuidade da tendência ascendente do consumo no País, que, para o Safra, deve ser de 5,5% em termos reais em 2010, após uma provável alta de 3,0% neste ano.

Tal projeção do banco tem como fundamentos a queda na taxa de desemprego, acompanhada de aumentos da massa salarial, maior confiança do consumidor, maior concessão de crédito e a manutenção de iniciativas assistencialistas por parte do governo.

Ambiente corporativo
Outro fator analisado pela equipe é a intensa movimentação no plano corporativo brasileiro, com um maior número de fusões, aquisições e incorporações em 2009, a despeito das turbulências econômicas e financeiras. Para o Safra, isto é “resultado de uma mudança na percepção do empresariado”.

“Há evidências concretas de forte mudança na cultura corporativa brasileira, com acionistas aceitando fatias menores de uma torta muito maior”, explica a equipe, que prevê um crescimento desta tendência em 2010, em função do maior número de empresas listadas no mercado aberto e da maior visibilidade do cenário macroeconômico.

Na visão do Safra, os setores ligados ao mercado doméstico, justamente pelas condições mais favoráveis de que devem desfrutar em 2010, são os mais prováveis a experimentarem forte atividade corporativa. A equipe cita os segmentos de varejo, alimentos, cosméticos, planos de saúde e imobiliário.

Os riscos
Tanto otimismo, no entanto, não implica a ausência de riscos. Desta forma, o Safra analisa os mais prováveis focos de incerteza ao mercado brasileiro em 2010. “Mais uma vez, os maiores riscos vêm do cenário internacional, sobretudo quanto à recuperação econômica norte-americana e ao crescimento chinês”, alerta a equipe.

Mas o País também traz sua própria dose de riscos. O Safra pede cautela quanto às eleições presidenciais, ainda que elas devam “trazer mais volatilidade que um efetivo impacto negativo sobre o mercado”. Para os analistas, o mercado de câmbio é o que deve sofrer mais com a disputa pela presidência.

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