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SÃO PAULO – O Banco Central da Rússia decidiu nesta sexta-feira (28) elevar a taxa básica de juro de 12% para 13% ao ano, na tentativa de reduzir a desvalorização do rublo frente às principais divisas do globo. É a segunda vez em menos de 30 dias que o colegiado opta pelo aperto na política monetária.
Balançada pelo agravamento da crise financeira internacional, a economia russa vem enfrentando um quadro de intensa fuga do capital estrangeiro, deixando o país em uma situação delicada. Lutando contra a depreciação da moeda local, em 4 meses a autoridade já perdeu 25% das suas reservas internacionais, na busca pela confiança dos investidores.
Desde o começo de agosto, cerca de US$ 190 bilhões saíram do país, segundo estimativas do BNP Paribas, passando por um horizonte que inclui tensões trazidas com o conflito na Geórgia, queda nos preços internacionais das commodities e encolhimento no mercado mundial de crédito.
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Cenário adverso
Além de todas as adversidades externas, a Rússia registra ainda inflação elevada, com taxa anual de 14,2%, como apontado na medição feita em outubro. As previsões do governo e do Banco Central divergem em relação aos valores para o final do ano, com números de 11,8% e 13% – ambos abaixo do mensurado na pesquisa.
Nesta sessão, o rublo continuou perdendo valor em relação ao dólar e ao euro, operando em queda pela segunda vez na semana, em meio às especulações sobre o Banco Central do país e à cotação em baixa de boa parte das matérias-primas.
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