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SÃO PAULO – Corroborando as indicações das últimas pesquisas eleitorais, Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito presidente da república no último domingo (29). O petista bateu o seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin, por 60,83% dos votos, contra 39,17%.
Em seu primeiro pronunciamento após reeleito, Lula agradeceu a vitória “às pessoas que confiaram, ao povo brasileiro que em vários momentos foi instado a ter dúvida contra o governo”. A população soube diferenciar o que era ou não verdade e avaliou as melhorias nas condições de vida, acredita o presidente.
Lula inicia o novo mandato embalado por uma avaliação positiva recorde de seu governo. Segundo a última pesquisa Datafolha, a avaliação ótimo ou bom atingiu 53% em outubro.
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Mudanças na equipe econômica
Com a vitória de Lula aparentemente precificada pelo mercado, as atenções agora deverão se voltar para quais serão as possíveis mudanças a serem implementadas na equipe econômica. As possíveis e esperadas alterações na equipe do Banco Central e nos ministérios dominarão o debate nos próximos dias.
No BC, muito tem se falado do conservadorismo e da necessidade de se começar a reduzir os juros de uma forma mais acelerada. Rumores indicam que Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e Tarso Genro (Relações Internacionais) já estariam costurando um acordo para substituir Henrique Meirelles.
Apesar de possível, a saída de Meirelles ainda não é tida certa, mas tudo indica que a diretoria da instituição deve mesmo ser modificada. A substituição do conservador Afonso Bevilaqua, diretor de Política Econômica, já é anunciada pela mídia.
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Outra alteração comentada seria a de Guido Mantega, Ministro da Fazenda. Nomes cotados para o cargo são José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, e Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte.
Política econômica
A linha de política econômica a ser adotada por Lula em seu segundo mandato também chama a atenção. Em seu primeiro discurso como presidente reeleito, Lula destacou que espera que o Brasil cresça 5% em 2007.
A percepção é de que o petista deve adotar um meio-termo, dando ênfase à práticas mais desenvolvimentistas, sem, no entanto, abandoar os procedimentos construídos no primeiro mandato. O objetivo deve ser encontrar formas de elevar o crescimento, sem debelar a estabilização da economia.
“Lula poderá até adotar uma postura mais desenvolvimentista, mas o mais provável é a continuidade, com uma política macroeconômica ortodoxa”, avalia Greg Anderson, estrategista de moedas estrangeiras do banco ABN-Amro.
Um dos principais desafios de Lula será o de encontrar formas de controlar o gasto público. Uma medida bastante comentada nos últimos dias seria a adoção de normas que estabelecem que as despesas do governo deveriam crescer menos que o PIB (Produto Interno Bruto).
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