Rio Bravo questiona: será que ameaça de populismo e irresponsabilidade fiscal vem apenas pela esquerda?

Segundo os gestores da Rio Bravo, é certo ser generalizada a tendência dos candidatos de vestir a "jaqueta liberal" quando se trata de seus pronunciamentos sobre economia - mas nem sempre de forma sincera

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A Rio Bravo Investimentos, gestora que tem como um dos sócios-fundadores o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, destacou em relatório as perspectivas para as eleições de 2018. 

De acordo com os gestores da Rio Bravo, é certo ser generalizada a tendência dos candidatos de vestir a “jaqueta liberal” quando se trata de seus pronunciamentos sobre a economia – mas nem sempre de forma sincera. 

“De todo jeito, a tendência [de um discurso liberal] continua forte, sinalizando que é isto o que o eleitorado quer ouvir”, apontam os estrategistas. Eles prosseguem ao apontar que, desta forma, os mercados continuam calmos, apostando que os radicalismos perderão força e que não desaguarão em outra experiência de populismo nacionalista e irresponsabilidade fiscal. Contudo, a gestora faz um alerta: “mas será mesmo que esta ameaça vem apenas pela esquerda? “

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Outros desdobramentos

Os gestores ainda ressaltam que muitos enredos parecem se cruzar em meio às definições partidárias necessárias para as candidaturas presidenciais. Entre as definições, o empresário Flavio Rocha fez a sua escolha (pelo PRB), Joaquim Barbosa pelo PSB, além do ministro
Henrique Meirelles, que se decidiu pelo MDB, este último ainda sem garantias de candidatura. 

A Rio Bravo reforça ainda que até agosto, quando deve ocorrer o registro definitivo de candidaturas presidenciais, “o esperneio de Lula ocupará o noticiário, buscando ampliar seu espaço político e com isso tentar operar uma fórmula de transferência de votos para Fernando Haddad”, em referência ao plano B do PT. Enquanto isso, no fim do mês passado, Michel Temer esteve às voltas com a Operação Skala – que prendeu, para soltar dias depois, os amigos de Temer José Yunes e Coronel Lima. 

“A economia, diante desse pandemônio, perde qualquer relevância nas considerações dos
políticos. Parece enterrar-se até a ‘agenda 15’, ou seja, as medidas já em tramitação no Congresso e que passariam a ocupar as energias políticas do governo. O presidente da Câmara Rodrigo Maia, antes da Operação Skala, já tinha designado este conjunto de ‘café frio’. A privatização da Eletrobras e a independência do Banco Central terão que disputar prioridade com a sobrevivência do presidente”, reforça a gestora.

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Assim, a Rio Bravo ressalta que o fato de que os últimos meses da presidência Michel Temer serão muito confusos. Enquanto isso, daqui para frente, a corrida eleitoral
e as complicações na definição de seu grid de largada vão dominar os mercados. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.