Resultados corporativos e tensão no mundo árabe elevam cautela na semana

Petrobras, Vale e Itaú Unibanco divulgam seus números nos próximos dias; Ibovespa deve ficar entre 67 e 69 mil pontos

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SÃO PAULO – A tônica desta semana para o mercado deve ser de cautela, com os analistas apontando diferentes trajetórias e fatores na pauta dos investidores nos próximos dias. As tensões na África e no Oriente Médio, o grau de exposição dos estrangeiros na BM&F Bovespa, a divulgação de novos resultados corporativos e um possível ajuste ganham destaque.

A situação política no Oriente Médio e no norte de África piorou neste fim de semana com o aumento da tensão e da violência em diversos países, em especial na Líbia. O número de mortos em decorrência dos protestos e confrontos com as forças policiais e militares já passaria de 230, segundo dados da ONG Human Rights Watch.

Após a renúncia de Hosni Mubarak no Egito, o alastramento dos protestos políticos na região confirmou-se. No Bahrein, há registro de mortes nos confrontos entre manifestantes e forças do governo, enquanto outros países do mundo árabe, tais como Iêmen e Marrocos, por exemplo, também há protestos políticos.

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Como consequência dessas tensões políticas, o preço do petróleo sobe e também é visto um aumento da aversão ao risco entre os investidores. A cotação do ouro, metal que é tido como uma espécie de “porto seguro” em momentos de instabilidade, avança 1,25% nesta segunda-feira.

Ibovespa entre 67 e 69 mil pontos
No mercado de ações, um dos principais focos nesta semana deve ficar por conta da repercussão das tensões políticas no Oriente Médio e norte da África. Segundo os consultores da Rosenberg, “a bolsa deve ficar estável entre 67.000 e 69.000 pontos”.

Ademais, os consultores citam ainda a diminuição na posição vendida dos investidores estrangeiros na bolsa brasileira. “Aqui, o capital estrangeiro, que estava vendido na bolsa em 45.000 contratos, diminuiu sua posição para 29.000 contratos, ainda vendido”, afirmam. Outra expectativa apontada pela equipe da Rosenberg é de “pressão por uma política monetária mais apertada”, que seria reflexo da inflação em alta e da incerteza quanto ao aperto fiscal anunciado recentemente.

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Vencimento de opções sem grandes emoções
Para George Sanders, da Infinity Asset, esta semana “começa complicada, no mínimo, para o investidor”. Os fatores destacados por Sanders no mercado de renda variável nesta semana são, além das tensões no mundo árabe, a agenda de indicadores. A nova revisão do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano e o vencimento de opções, que em função do tamanho das posições, “deve ser sem grandes emoções”, são ressaltados pelo economista.

Alta excessiva?
Já Jason Vieira, da Cruzeiro do Sul Corretora, afirma que as altas acumuladas nos últimos pregões estão atingindo um patamar preocupante. “O rali já ultrapassa aquela quantidade de dias considerada saudável para que a correção não seja algo muito intenso”, afirma. Segundo Vieira, uma possível realização dos lucros em meio ao atual cenário pode “levar não a correções, e sim a perdas nos mercados como um todo”.

Outro fator que pode impulsionar uma correção das bolsas é a ausência de indicadores econômicos de maior relevância neste início de semana, não só no Brasil como também lá fora. “As bolsas de valores tendem naturalmente à correção dos ativos e a ausência de indicadores econômicos mais relevantes no início desta semana pode catalisar tal processo”, segundo o economista.

Ainda nesse ponto, Miriam Tavares, da AGK Corretora, afirma que, apesar de cautelosos, os investidores enxergam “algum espaço para altas por aqui”. Além disso, Tavares também avalia que uma correção pode começar a partir do próximo mês, “e esta poderia ser a última semana positiva sustentada pela agenda econômica norte-americana”.

Resultados de Blue Chips
Por fim, merecem destaque também os resultados corporativos que serão divulgados por aqui, trazendo os números de grandes empresas brasileiras. Na próxima terça-feira, é a vez do Itaú Unibanco (ITUB4), com expectativa positiva após os resultados apresentados pelo Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).

Na quarta-feira, os investidores analisam os números da Usiminas (USIM5), enquanto na quinta é a vez da Vale (VALE3, VALE5). Encerrando a semana, a Petrobras (PETR3, PETR4) divulga seus números na sexta-feira, após o fechamento dos mercados.

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