Republicanos e democratas brigam por impostos e Brasil pode ser afetado

Cortes da taxa de imposto será principal foco de discussão política em ano e de eleições nos Estados Unidos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A questão sobre o corte de impostos nos Estados Unidos tem ganhado grande importância em 2004, ano marcado por eleições presidenciais no país, sendo acompanhada de perto pelo mercado financeiro. Nesse sentido, republicanos e democratas duelam para tentar provar suas opiniões.

Assim, o partido de Bush afirma que impostos mais baixos são importantes para suportar e impulsionar o crescimento econômico. Já os democratas, de outro lado, preocupados com o elevado déficit fiscal, afirmam que o crescimento econômico será forte o suficiente para absorver o fim dos impostos cortados.

Para republicanos, corte de impostos salvou economia

Os difíceis primeiros anos do governo Bush, com fraco desempenho do mercado acionário, ataques terroristas, guerras, e ainda uma recessão econômica, levaram o Congresso norte-americano a aprovar um significativo corte de impostos. Isso, aliado à desaceleração da economia, contribuiu fortemente para que o superávit fiscal de US$ 127 bilhões em 2001 se transformasse em uma déficit projetado de US$ 500 bilhões em 2004.

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Frente a essa questão, os republicanos afirmam que os cortes dos impostos foram fundamentais para impulsionar os gastos dos consumidores durante o período de recuperação do mercado de trabalho, que seguiu a recessão de 2001, e, assim, evitou uma desaceleração ainda maior da economia do país. Nesse sentido, os partidários de Bush afirmam categoricamente que os cortes propostos ajudarão a criar novos empregos.

Assim, alguns republicanos chegam a afirmar que o corte de taxas de impostos induzirá a um crescimento econômico tão significativo que a receita de impostos será suficiente para balancear o déficit fiscal.

Democratas apostam em prejuízos futuros

Os democratas, ao contrário, afirmam que enquanto as contas fiscais estavam mostrando deterioração expressiva, o corte de impostos implementado pelo governo republicano ajudou apenas os norte-americanos mais ricos.

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Além disso, acreditam que o ocorrido em 1993, ano em que o país se recuperava da recessão, pode voltar a acontecer. Ou seja, na época o país fazia projeções de que o déficit fiscal alcançaria patamares insustentáveis, mas o mesmo pacote de impostos foi mantido. Na época, temia-se que a recuperação econômica pudesse ser prejudicada pelos impostos. Mas, segundo analistas, o efeito foi o contrário.

Segundo esse raciocínio, uma economia forte com baixas taxas de impostos poderia resultar em uma taxa de juro elevada, fato que poderia prejudicar o crescimento econômico, caso ocorresse no momento errado.

Corte de impostos pode reduzir liquidez internacional

Assim, a permanência nos patamares atuais ou mesmo a redução das taxas de imposto nos Estados Unidos podem causar, no médio prazo, uma pressão para elevação do juro norte-americano.

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Com isso, o capital estrangeiro, que tem buscado diversificação no mercado internacional, migrando inclusive para países emergentes por conta da maior rentabilidade, apesar do risco, deverá retornar aos Estados Unidos, uma vez que estarão mais seguros e a rentabilidade garantida.

Aliquidez internacional, dessamaneira, pode ser reduzida e, assim, prejudicar os países emergentes, dentre eles o Brasil, que projeta otimismo para a economia em 2004 impulsionado, também, pela facilidade de captar recursos no exterior.

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