Reprovação do governo Bolsonaro fica em 48% e avaliação dos governadores piora, mostra pesquisa XP/Ipespe

Grupo que considera o governo ruim ou péssimo oscilou um ponto, de 49% para 48%, enquanto os que acham a gestão boa ou ótima foi de 26% para 28%

Equipe InfoMoney

(Crédito: Marcos Corrêa/PR)

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SÃO PAULO – Nova pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (12) mostra a interrupção da tendência de aumento da reprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro que ocorreu a partir da saída de Sergio Moro no final de abril.

O grupo que considera o governo ruim ou péssimo oscilou um ponto para menos, passando de 49% para 48%, enquanto os que acham a gestão atual boa ou ótima avançou dois pontos, de 26% para 28%.

Seguindo o mesmo movimento, houve oscilações positivas na expectativa para o restante do mandato. O grupo de bom/ótimo saiu de 27% para 29%, enquanto ruim e péssimo recuou de 48% para 46%.

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No outro sentido, a avaliação dos governadores piorou, em um cenário em que há uma grande troca de críticas entre alguns estados e o governo federal na condução da crise do novo coronavírus.

O grupo que considera a gestão dos governadores ótima ou boa caiu quatro pontos, passando de 42% para 38%, ao passo que a avaliação ruim/péssimo foi de 23% para 25%. Já o regular teve leve variação, de 33% para 34%.

Enquanto isso, o Congresso teve um recuo de quatro pontos em sua avaliação regular, que saiu de 45% para 41%. Por outro lado, tanto ruim/péssimo quando bom/ótimo tiveram oscilações de dois pontos. O primeiro foi para 39% (ante 37% na última pesquisa), enquanto a avaliação positiva foi para 15%, contra 13% anteriormente.

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A pesquisa XP/Ipespe ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país, a partir de entrevistas telefônicas realizadas por operadores entre 9 e 11 de junho. A margem máxima de erro do levantamento é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Crise econômica

Sobre o cenário de crise, o grupo que vê a economia no caminho errado teve o segundo recuo seguido, chegando a 53%, contra 54% e 57% nos dois últimos levantamentos.

Do outro lado, houve uma oscilação para cima de dois pontos em quem vê a economia no caminho certo, saindo de 27% para 29%.

Diante disso, ocorreu uma forte queda nas pessoas quem tem uma percepção pequena de que irá manter seu emprego nos próximos 6 meses, passando de 54% para 48%. Enquanto o grupo que vê altas chances de manutenção de emprego saiu de 39% para 44%.

Em relação ao benefício emergencial do governo de R$ 600, caiu de 38% em abril para 9% o grupo de pessoas que diz que ainda vai receber, enquanto no mesmo período passou de 10% para 34% os que já receberam.

Além disso, a pesquisa mostrou que 41% das pessoas que receberam usaram o benefício para comprar alimentos e produtos de abastecimento da casa. 19% pagou contas de luz, água e telefone e outros 16% pagou dívidas.

Coronavírus

Sobre o cenário da pandemia, subiu de 22% para 31% o grupo de pessoas que acredita que o pior já passou no Brasil. Enquanto isso, recuou de 68% para 61% os que acham que o pior ainda está por vir.

Além disso, houve um recuo nos que estão com um pouco de medo do coronavírus (41% para 38%), ao passo que subiu de 37% para 40% os que estão com muito medo da pandemia. Os que não têm medo se mantiveram em 21%.

Na questão da flexibilização do isolamento social, 52% concorda com o que está sendo feito, enquanto 44% discorda.

Manifestações

A pesquisa XP/Ipespe também avaliou a questão das manifestações ocorridas no último domingo. 83% tomou conhecimento dos atos contra o governo e contra o racismo, enquanto 17% não ficou sabendo.

Já sobre as manifestações pró-governo, 68% ficou sabendo, ao passo que 31% não sabia que elas iriam acontecer.

Na questão da violência, 36% viram os atos contra o governo agindo com violência e 11% com muita violência. Enquanto isso, 43% avaliam que não houve violência nestes protestos.

Do outro lado, 31% viram violência e 6% muita violência das manifestações pró-governo, ao passo que 55% acreditam que os manifestantes não agiram com violência nos atos a favor do governo.