Renan volta a defender autonomia formal do BC e diz que é preciso amadurecer ideia

A votação do projeto não agrada ao governo, para quem a autoridade monetária já goza de autonomia, mesmo que não formalizada em lei

Reuters

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BRASÍLIA – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a defender nesta terça-feira a votação de projeto que trata da autonomia formal do Banco Central, mas afirmou que é necessário discutir o assunto antes de colocá-lo na mesa de negociação com o governo e líderes de bancada para votá-lo.

Na sexta-feira, Renan havia dito que pretendia colocar o projeto em votação ainda neste ano. Nesta terça, afirmou que este é um dos compromissos assumidos quando tomou posse como presidente do Senado. O projeto regulamenta um artigo da Constituição e trata da nomeação e demissão do presidente e diretores do Banco Central do Brasil.

“Esse assunto será um assunto prioritário”, disse Renan a jornalistas, pouco antes de cerimônia do Senado que comemora os 25 anos da Constituição.

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“Ainda não (comuniquei a presidente Dilma Rousseff), porque a questão da autonomia não é só com relação ao governo. É com relação ao governo, com relação a imprensa, com relação ao mercado. Todo país cujo Banco Central faz o controle da meta de inflação, ele tem mandato e autonomia. Por que não podemos tentar fazer isso no Brasil? Chegou a hora”, acrescentou.

A votação do projeto não agrada ao governo, para quem a autoridade monetária já goza de autonomia, mesmo que não formalizada em lei.

Ainda assim, Renan disse já ter conversado com o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), senador Lindbergh Farias (PT-RJ), para que o assunto seja debatido na comissão para então iniciar as negociações para sua votação.

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“Por enquanto, chamei o presidente da CAE e pedi para que ele fizesse audiência pública para nós amadurecermos o assunto. Quando nós amadurecermos o assunto, talvez tenha chegado a hora de chamar os líderes do governo e as pessoas que sentiram excluídas em razão de nós reafirmarmos um compromisso”, afirmou.

Segundo a assessoria de Lindbergh, a CAE deve fazer uma audiência pública no dia 12 de novembro sobre o assunto com o presidente do BC, Alexandre Tombini, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal.

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