Renan chama Janot de “mau caráter” e orienta defesa de Delcídio em gravação

Em nota, Renan diz que as investigações da Operação Lava Jato são "intocáveis" e que não tomou nenhuma iniciativa nem fez gestões para dificultar ou obstruir as investigações.

Paula Barra

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SÃO PAULO – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse, em nova nota divulgada por sua assessoria de imprensa nesta quinta-feira (26), que as investigações da Operação Lava Jato são “intocáveis” e que não tomou nenhuma iniciativa nem fez gestões para dificultar ou obstruir as investigações. 

A manifestação do senador decorre da revelação de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, envolvendo integrantes da cúpula do PMDB e acusações de tentativa de obstrução da Lava Jato.

Áudios divulgados nesta quinta-feira mostram Renan falando com Machado sobre uma mudança na lei que trata delação premiada. Renan orienta também, em uma outra conversa, uma pessoa identificada como Wanderberg, suposto representante de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), sobre como fazer a defesa do então senador. A gravação divulgada pela TV Globo, ocorreu no dia 24 de março, quando o Conselho de Ética do Senado ainda conduzia o processo contra Delcídio.

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Renan afirma que é preciso que o presidente do conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), peça diligências para não parecer que a investigação estivesse parada. E sugere que Delcídio faça uma carta mostrando humildade e que já pagou o preço pelo que fez.

Nas conversas, ele também revela suas impressões sobre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot: “Mau caráter! Mau caráter”! E faz tudo que essa força-tarefa [da Lava Jato] quer”. 

Na nota divulgada pela assessoria de imprensa do senador hoje, Renan diz que acelerou o processo de cassação de Delcídio e que o processo do ex-petista não ficou parado no Conselho de Ética. Ele também procura não se responsabilizar por críticas a autoridades, como o ministro Teori Zavascki, que aparecem sendo atacados na conversa com Machado, ou do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 

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