Relembre a trajetória de Eduardo Campos, que morreu hoje em acidente áereo aos 49 anos

Nascido no Recife em agosto de 1965, Campos era casado e pai de cinco filhos e tem o apoio de Marina Silva para se firmar como uma alternativa para o Brasil

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Uma tragédia interrompeu a trajetória de Eduardo Campos nesta quarta-feira (13). O candidato ao PSB à presidência morreu em um acidente aéreo. A aeronave viajava do Rio para Guarujá e perdeu contato com controle aéreo. O acidente deixou dois mortos e ao menos dez feridos. A candidata à vice na chapa pelo PSB, Marina Silva, não estava na aeronave.

O presidenciável era esperado em Santos, e seria recebido pelo amigo deputado federal Mario França, do PSB, que fez contato com Campos pela última vez por volta das 9h30 (horário de Brasília).

Depois de ser deputado estadual, três vezes deputado federal, secretário estadual de Governo e de Fazenda, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos, o economista pernambucano Eduardo Henrique Accioly Campos concorria pela primeira vez ao cargo mais importante da política brasileira.

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Nascido no Recife em agosto de 1965, Campos era casado e pai de cinco filhos. Eduardo Campos começou a carreira política ainda na universidade, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

Aprovado no vestibular desta instituição com 16 anos, concluiu a faculdade aos 20, como aluno laureado e orador da turma. Neto do também político Miguel Arraes, Eduardo conviveu desde cedo com nomes bastante importantes e emblemáticos da política. 

Em 1986, Campos teve a oportunidade de fazer mestrado nos EUA, mas trocou-a pela participação na campanha que elegeu o seu avô governador de Pernambuco. No ano seguinte, passou a atuar como chefe do gabinete do governador.

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O pernambucano se filiou em 1990 ao PSB, o seu atual partido, sendo eleito deputado estadual no mesmo ano e reeleito em 1994. Foi secretário de governo e secretário da fazenda entre 1995 e 1998 no governo de seu avô. Em 1998, voltou a disputar um novo mandato de deputado Federal e atingiu uma votação recorde de 173.657 mil votos, a maior votação no estado.

Em 2004, Eduardo Campos assumiu o ministério da Ciência e Tecnologia no governo Lula e, em 2005, assumiu a presidência nacional do seu partido. Em 2006, se lançou candidato ao governo de Pernambuco, sendo reeleito em 2010 como o governador mais votado do Brasil, com 80% dos votos. 

Campos concorria à presidência em 2014, firmando aliança programática com Marina Silva, ex-senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente da primeira gestão do governo Lula e atual líder da Rede Sustentabilidade. A dupla confirmou a pré-candidatura da chapa que teria Campos como candidato a presidente e Marina na vice, através da coligação Unidos Pelo Brasil (PSB, PHS, PRP, PPS, PPL, PSL), propondo uma terceira via, como uma alternativa à polarização PT X PSDB das últimas eleições. 

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(Com Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.