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SÃO PAULO – O Ministério da Fazenda já se decidiu sobre os pontos fundamentais a serem apresentados no projeto de reforma da Previdência. A ideia consiste basicamente em propor a inclusão de idade mínima em 65 anos para homens e mulheres e eliminar distinções entre trabalhadores urbanos e rurais, a ser implementada aos poucos, com um período de transição estimado em 30 anos. Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira (3), enquanto a pasta comandada por Nelson Barbosa quer apresentar o projeto com maior celeridade, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, defende que não é preciso urgência para modificar as regras.
“Temos de separar um problema conjuntural, causado pelo ambiente recessivo e aumento do desemprego, de um debate de médio e longo prazos”, afirmou o titular da pasta em entrevista ao jornal. “O mais importante é assegurar: não haverá surpresas. O tema vai ser debatido amplamente. Estamos falando da expectativa de milhares de brasileiros”. A reforma no setor foi um dos pontos defendidos pela presidente Dilma Rousseff em discurso feito no Congresso na véspera. Segundo ela, trata-se de uma medida importante para o ajuste das contas sob uma ótica de longo prazo.
As resistências do ministro Rossetto se associam à sua trajetória política, de identificação com a militância trabalhistas, ligado à atividade das centrais sindicais. Um possível atrito dentro do Executivo pode dificultar ainda mais as coisas para a discussão de um assunto delicado como este.
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