Refletindo eventos recentes, papéis da Telebrás despencaram mais de 20%

Íntegra de contato entre Hélio Costa e presidente da estatal revela preocupação com reações do mercado à eventual reativação

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os desdobramentos da possível reativação da estatal Telebrás e sua participação no Plano Nacional de Banda Larga seguem alimentado volatilidade aos papéis da empresa. A evolução dos rumores rendeu disparadas consecutivas aos ativos, quando apontavam para o interesse do presidente Lula ou um eventual aporte de R$ 20 bilhões à empresa. Por outro lado, o adiamento do debate sobre o plano de banda larga para março e um fato relevante desta sexta-feira (12) derrubaram as cotações.

Após caírem 12,40% na véspera, as ações ordinárias (TELB3) desabaram 19,18% neste pregão, sendo cotadas a R$ 1,77. Enquanto isso, os papéis preferenciais (TELB4), que vinham de queda de 9,80% na sessão anterior, recuaram 20,87%, terminando o dia valendo R$ 1,82.

Assim como na véspera, o volume de negócios impressionou. Ao longo desta sexta-feira, 14.369 negócios foram realizados com os ativos TELB4. Para se ter uma ideia da magnitude deste número, a ação PETR4, tradicionalmente a mais líquida da bolsa, computou 16.422 negócios neste pregão.

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Vale mencionar ainda que os papéis TELB3 e TELB4 totalizaram na semana um declínio de 30,59% e 30,53%, respectivamente. Contudo, a valorização acumulada em 2010 continua exuberante – 124,05% para as ações ordinárias e 142,67% para as preferenciais.

Objeto de estudos
O noticiário dos últimos dois dias esfria o ímpeto dos investidores em relação aos planos do governo para a reativação da estatal. Depois de manchetes chegarem a confirmar a reativação da empresa, os últimos eventos sugerem que ainda resta indefinição quanto ao futuro da Telebrás.

Nesta sexta-feira, a empresa respondeu consulta da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) com a íntegra de contato entre o presidente da estatal, Jorge Motta e Silva, e o Ministro de Telecomunicações Hélio Costa. Nos trechos mais contundentes, o ministro manifesta “preocupação diante da repercussão em potencial casada no mercado de valores mobiliários pela matéria ‘Governo confirma Telebrás na banda larga’, veiculada pela Folha de São Paulo”.

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No teor do comunicado, o ministro também deixa claro que ainda não há qualquer decisão a respeito da inclusão da Telebrás no plano para banda larga. Sobre sua reunião com o presidente Lula, comentou que a Telebrás “continua sendo objeto de estudos, nao se podendo afirmar com seguranca, neste momento, que, efetivamente, a companhia será parte do programa”.

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