Reduzir a Selic em momento de fraco crescimento não eleva inflação

Estudo do Ipea mostra o que acontece com a inflação de acordo com a política monetária adotada pelo governo

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Em momentos de baixo crescimento econômico, realizar cortes não esperados na Selic (taxa básica de juros) não traz choques inflacionários importantes, segundo estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O estudo leva em conta um modelo econométrico que utiliza dados da economia brasileira entre 2003 e 2010. Uma das conclusões encontradas foi que, desconsiderando efeitos externos, reduzir a taxa básica de juros em momentos de fraco desempenho econômico, ou seja, produção industrial crescendo abaixo de 2,87%, não implicaria em pressão inflacionária.

Outros cenários
Em outro cenário, porém, o efeito não é o mesmo. De acordo com o coordenador de Economia Monetária e Câmbio do Ipea, Thiago Martinez – responsável por apresentar o estudo – reduzir a inflação em fases de crescimento normal da economia por meio de elevações – acima do esperado – da Selic, implicaria em aumentos substanciais da taxa de juros.

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No terceiro cenário estudado, em períodos de crescimento normal, a tentativa de impulsionar o desempenho da economia através de choques monetários expansionistas, ou seja, redução além do esperado dos juros, provavelmente teriam como custo uma elevação da inflação.

Martinez pontua que como o estudo foi feito com dados de 2003 a 2010 e tem como base um exercício econométrico não é possível adaptar os resultados para períodos posteriores. Mudanças estruturais, inclusive, alteram de forma considerável os parâmetros do estudo.

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