Recessão, sistema financeiro e outros pontos-chave a serem resolvidos por Obama

Segundo analista do Deutsche Bank, desafios passam ainda por proteção ambiental e política internacional, entre outros

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O presidente norte-americano Barack Obama, recém-empossado, tem inúmeros desafios pela frente, que vão além de impedir uma nova depressão nos EUA, passando pela criação de um sistema de seguro social eficaz e encontrar um novo curso para a questão de proteção ambiental.

Klaus Deutsch, analistas do Deutsche Bank Research, acredita que há sete pontos-chave a serem resolvidos por Obama, a começar por afastar o perigo da depressão que é trazido pela atual crise financeira internacional. “Apesar de cortes massivos na taxa básica de juro e os fortes estímulos fiscais esperados, o risco de implosão ainda não foi erradicado”, ressaltou.

Para conter a deterioração econômica, a restauração do sistema financeiro também deve entrar na pauta. Segundo o analista, o conserto deve ser feito a partir das bases, pois somente com fundamentos sólidos o sistema financeiro poderá contribuir para uma maior prosperidade.

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Seguro social e meio-ambiente

Obama terá que enfrentar também as dificuldades apresentadas pelo atual sistema de seguro social norte-americano. Como ressaltou Deutsch, já houve oito tentativas de criação de um sistema de saúde eficiente para a população, bem como de reforma no sistema de pensões. Na educação, a lacuna entre as universidades privadas e as escolas fundamentais públicas deve ser eliminada para trazer iguais oportunidades.

A proteção ao meio-ambiente é outro assunto que foi deixado de lado pelo governo dos EUA nas últimas décadas, sendo que nos anos de 1970 o país era um exemplo para o mundo. “As questões-chaves são cotas de emissão, infraestrutura de transporte público, energias renováveis”.

Guerras e liderança

Deutsch reforçou que uma das prioridades da política internacional de Obama será pôr um fim aos conflitos no Oriente Médio e no sudoeste asiático com bons resultados, mas, para tanto, se faz necessário um conceito regional que envolva outros poderes e nações.

Tal missão deve ser realizada a partir de um diálogo construtivo, que ajude a restaurar o status de liderança dos EUA, corrigindo os erros que levaram ao abandono dos valores norte-americanos mais tradicionais.

Retorno da confiança

Para o analista, porém, o governo de Obama não conseguirá solucionar os complexos desafios que lhe são postos sozinho. “A presidência de Obama só poderá ser um sucesso se ele puder contar com ações sociais, participação política e adoção de responsabilidade política e civil no nível local e estatal em grande escala”, afirmou.

A renovação da confiança norte-americana, portanto, se faz essencial para que Barack Obama atinja as expectativas de seus eleitores.

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