Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta terça-feira

Rumores de troca no comando da Vale retornam e mineradora é destaque de queda do Ibovespa, acompanhada por Bradespar

Tainara Machado

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SÃO PAULO – O pregão teve início instável, mas logo o Ibovespa firmou-se em território positivo, superando os 67 mil pontos, com alta de 0,95%. O movimento se dá na contramão da tendência observada nos mercados internacionais, que é de queda, com realização dos lucros obtidos nos últimos três pregões, ainda que a cautela seja um fator menos destacado nesta sessão.

No Japão, contribui para aliviar a tensão o anúncio feito pela Tokyo Electric Power de que foi religada a energia elétrica nos reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi. No entanto, a restauração dos sistemas de resfriamento foi atrasada novamente, por causa do vapor observado emanando de uma das piscinas de combustíveis já utilizados.

A Líbia também segue em foco, com os contínuos ataques da coalizão formada por países ocidentais, entre eles EUA, França e Grã-Bretanha. No entanto, de acordo com o general norte-americano à frente das operações do país na Líbia, a intensidade dos ataques deve diminuir nos próximos dias. 

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Na agenda de indicadores econômicos, os preços das casas nos EUA recuaram pelo terceiro mês consecutivo, com queda de 0,3% na passagem de dezembro para janeiro. Já o Federal Reserve de Richmond declarou que a atividade manufatureira na região central de Atlanta continuou a se expandir em março, mas em um passo levemente inferior ao do mês anterior. No Reino Unido, a inflação ao consumidor em fevereiro atingiu 4,4% ao ano – em janeiro, a taxa registrada foi de 4,0%

Vale
No noticiário corporativo, a presidência da Vale (VALE3VALE5) volta a ser discutida. O Governo pretende negociar a saída de Roger Agnelli do comando da empresa e substituí-lo por Lázaro Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco (BBDC4), informou o jornal O Estado de São Paulo. Segundo a reportagem, Guido Mantega teria se encontrado com Brandão e oficializado a intenção de trocar o comando da mineradora, sendo que a operação seria conduzida na assembleia de acionistas da Vale, marcada para abril.

Assim, as ações da mineradora são destaque de queda do Ibovespa. Os ativos ON registram queda de 1,64%, cotados a R$ 52,13, enquanto os papéis preferencias caem 1,28%, negociados a R$ 46,28. Já as ações PN da Bradespar (BRAP4), que faz parte do bloco controlador da empresa, registram perda de 1,50%, cotadas a R$ 40,78.

OGX Petróleo
A OGX Petróleo (OGXP3, R$ 18,77, +1,13%) assinou em 18 de fevereiro cinco contratos de concessão para os blocos exploratórios adquiridos no Open Round Colômbia 2010, juntamente com a ANH (Agencia Nacional de Hidrocarburos de Colombia), informou a empresa na última segunda-feira.

Paulo Mendonça, diretor geral da OGX, afirmou em nota que “as assinaturas desses contratos marcam a entrada da OGX em um novo ciclo exploratório, numa nova fronteira de atuação, onde a empresa tem experiência e conhecimento diferenciados para realizar importantes descobertas”.

A empresa também anunciou nesta manhã a presença de hidrocarbonetos em águas rasas na parte sul da Bacia de Campos, no poço 3-OGX-36D-RJS, cuja participação da OGX é de 100%. “O resultado do OGX-36D confirmou a conexão com a acumulação descoberta pelo poço 1-OGX-2A (Pipeline) em reservatórios carbonáticos da seção albiana, conforme nossas expectativas”, afirmou Mendonça. “Esse é mais um passo muito importante na fase de delimitação de nossas descobertas na bacia de Campos”, finalizou.

PDG Realty
Em continuidade à temporada de resultados, a PDG Realty (PDGR3, R$ 9,18, +1,44%) anunciou um incremento de 74% do lucro líquido na comparação do quarto trimestre de 2010 com os três últimos meses de 2009, para R$ 213,1 milhões. Do mesmo modo, a receita líquida e o Ebitda cresceram 64% e 69%, respectivamente.

Camargo Corrêa
Ainda no setor imobiliário, a Camargo Corrêa (CCIM3, R$ 6,75, -1,32%) mostrou uma retração de 73,8% do lucro líquido no último trimestre de 2010, para R$ 26,8 milhões, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O Ebitda (geração operacional de caixa) também acompanhou o sinal negativo, com uma queda de 71,0%, enquanto a receita líquida saltou 63,8%, para R$ 273,7 milhões. Segundo a empresa, os números de 2009 foram inflados por conta da venda na participação do Projeto Rio, enquanto a receita avançou tendo em vista o maior número de vendas e o avanço no andamento das obras.

Aliansce
Na mesma base de comparação, a Aliansce (ALSC3,R$ 13,58, +0,59%) revelou um lucro líquido de R$ 17,31 milhões, o que representa uma queda de 38,6%, ao passo que a receita líquida avançou 26,6% e o Ebitda ajustado, 30,5%. A queda nos ganhos foi justificada, em parte, pela base de comparação fora do normal, uma vez que no período em questão foi obtido um ganho de capital de R$ 26 milhões pela venda de 16% do FIIVPS, explicou a empresa.

Totvs
Já a Totvs (TOTS3, R$ 32,22, +1,96%) revelou na véspera a aprovação do desdobramento de suas ações na proporção de uma para cinco. Deste modo, os papéis da empresa passarão a ser negociados na forma “ex-desdobramento” a partir desta sessão, enquanto o crédito das ações provenientes da operação será realizado na sexta-feira.

Embraer
A Embraer (EMBR3, R$ 14,00, -0,50%) anunciou a celebração do contrato com a DRS Defense Solutions para fornecimento do novo jato militar KC-390, ainda em desenvolvimento. Segundo comunicado divulgado pela empresa, a DRS irá projetar, desenvolver, testar e produzir os sistemas de movimentação de carga e lançamento aéreo para o avião, assim como oferecer suporte pós-venda.

Indusval
O Banco Indusval (IDVL4, R$ 8,29, + 3,63) enviou ao mercado comunicado em que informou estar analisando alternativas em relação à sua estratégia de atuação. “Para tanto, está em curso uma negociação com terceiros de investimento e parceria estratégica”, declarou o banco, que ressaltou ainda que a operação não irá implicar alienação do controle do Indusval e nem direito de retirada. 

LPS Brasil
A LPS Brasil (LPSB3, R$ 38,29, +0,76%) divulgou após o último fechamento que firmou um contrato para a compra de 60% de participação na imobiliária Pronto Erwin Maack Consultoria de Imóveis, adquirindo, portanto, o controle da empresa. Será desembolsado um montante de R$ 8,41 milhões, com uma parcela inicial de R$ 2,94 milhões e o restante dividido em três parcelas.

Bradesco
Enquanto isso, o Conselho de Administração do Bradesco (BBDC4, R$ 31,58, +1,64%) aprovou a contratação da KPMG para a prestação de serviços de auditoria independente, em substituição à PricewaterhouseCoopers.

Renar Maçãs
Por fim, a Renar Maçãs (RNAR3, R$ 0,48, +2,13%) anunciou nesta manhã a colheita histórica na safra de maçãs deste ano, com um volume de 46,5 mil toneladas, além de iniciar nesta data a colheita de maçãs Fuji, com a perspectiva de obter até 17 mil toneladas até maio. “Com o volume recorde de maçãs e os recursos que temos disponíveis, iremos retomar o crescimento da receita da companhia, tanto no mercado doméstico como no internacional” declarou o diretor comercial da Renar, Marcelo Holtz, em comunicado ao mercado.

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