“Quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora”, diz Dilma após ser reeleita

"Hoje estou muito mais forte, serena e madura para a tarefa que vocês me delegaram", disse a presidente após comentar sobre reforma política e crescimento econômico

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Reeleita presidente para mais 4 anos de mandato, Dilma Rousseff (PT) realizou sua primeira coletiva após o resultado das urnas. Aos gritos de “Olê Olê Olá, Dilma, Dilma” e “É 1, é 3, é Dilma outra vez”, a presidente brincou com o fato de estar sem voz e não perdeu chances de exaltar o ex-presidente Lula, que estava no palco junto com ela.

Chegamos ao final de uma disputa eleitoral que mobilizou intensamente todas as forças do nosso país. Como vencedora dessas eleições históricas, eu tenho simultaneamente palavras de agradecimento e conclamação. […] Agradeço, sem exceção, a todos os brasileiros e todas as brasileiras”, disse a petista em seu discurso.

“Não acredito, sinceramente, do fundo do meu coração, que essa eleição tenha dividido o país no meio. Acredito que ela mobilizou ideias e propostas, muitas vezes contraditórias. Mas acredito que tenha mobilizado o país para mudar o Brasil”, continuou a presidente reeleita.

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“Tenho esperança que a energia mobilizadora tenha preparado para contrução de pontes e possa ser transformada em energia contrutiva para um novo momento no Brasil”, seguiu a petista, que era interrompida ao final de cada frase por gritos a aplausos.

Dilma destacou ainda que quer fazer mudanças no País e afirmou que “algumas vezes na nossa história, resultados apertados criaram mudanças melhores e mais rápidas”. A presidente falou que está disposta ao diálogo e que quer unir todos os setores da sociedade para buscar as melhores ideias. “Minhas primeiras palavras são de chamamento de paz e união”, disse.

Em seguida, Dilma quis mostrar seu primeiro passo no novo governo: “Esse é meu primeiro compromisso do segundo mandato: o diálogo”. “Toda eleição tem que ser vista como uma forma pacífica e segura de mudança de um país. Toda eleição é uma forma de mudança”, continuou.

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“Quando uma reeleição se consuma, ela tem de ser entendida como um voto de esperança dado pelo povo na melhoria do governo. Voto de esperança é o que é uma reeleição”, compeltou a presidente. “Quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora. Quero ser uma pessoa ainda melhor do que tenho me esforçado para ser”, completou a presidente.

Ainda tentando dar as primeiras sinalizações de seu novo governo, Dilma destacou que quer fazer a reforma política. “A palavra mais repetida, mais falada [na campanha] foi mudança. E o tema mais amplamente falado foi reforma. Sei que estou sendo reconduzida ao governo para fazer as grandes mudanças que a sociedade precisa”, afirmou.

“A minha dispocição mais profunda é liderar esse momento transformador. Estou disposta a abrir um grande espaço de diálogo com todos os setores da sociedade para encontrarmos todas as soluções. Entre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política”, disse a presidente.

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Meu compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar essa reforma”, continuou Dilma, que destacou que ela deve ter início com a realização de um plebiscito: “Quero discutir esse tema com todo o congresso e com toda a população brasileira”. “Quando cito a reforma política, não significa que eu não saiba a importância das demais reformas, que temos também a obrigação de fazer”, completou.

Antes de terminar, a presidente destacou a economia, afirmando que irá promover “com urgência as ações na eoncomia para retomar o crescimento, assegurar o emprego e valorização dos salários. Vamos dar mais impulso à atividade econômica, em especial na indústria”. “Quero a participação de todos os setores produtivos e financeiros”, continou ainda destacando a inflação: “Seguirei combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal”.

“Mais que nunca é hora de cada um de nós acreditarmos no brasil. Ampliarmos nosso sentimento por essa nação incrível pela qual temos o privilégio de pertencer. Eu sei a responsabilidade que pesa sobre meus ombros”, disse Dilma. “Vamos dar as mãos e avançar nessa caminhada. Hoje estou muito mais forte, serena e madura para a tarefa que vocês me delegaram. Brasil, Mais uma vez, essa filha é tua e não fugirá da luta. Viva o brasil, viva o povo brasileiro”, finalizou a presidente reeleita. 

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.